Na entrevista desta quarta-feira (13) o professor Marco Aurélio Freire recebeu na Rádio Cidade o ex-governador e ex-ministro da Educação Mendonça Filho. Ele fez uma análise do novo partido, o União Brasil, que nasce da fusão do Democratas com o PSL.
Mendonça disse que isso é fruto direto da nova legislação eleitoral que impede as coligações partidárias. Sua posição interna no partido será a de vice-presidente nacional e ao mesmo tempo, presidente do futuro instituto do partido, que será responsável pela formação dos quadros partidários.
Em Pernambuco, terá posição de destaque, mas não será o presidente local. Enfatizou que o partido terá capilaridade do litoral ao sertão e que segundo os cálculos poderá eleger ao menos 4 nomes para a Câmara Federal (Luciano Bivar, Fernando Filho, seu próprio nome e ainda mais um), fora uma boa bancada de deputados estaduais em torno de 5 a 6 nomes.
Os planos são de transformar o União Brasil no maior partido de oposição no estado, contando com uma ampliação do número de prefeitos, vereadores e outras lideranças.
Ele defendeu a candidatura de Miguel Coelho, prefeito de Petrolina, por seus predicados e qualidades (articulação nacional, estadual e local), mas ao mesmo tempo Mendonça destacou que respeita os outros nomes da oposição (Raquel Lyra, Anderson Ferreira) e inclusive entende que aquele que tiver as melhores condições e obter a unidade das oposições terá o apoio dele e do partido.
Esse ponto da unidade é colocado por Mendonça como fundamental, inclusive, disse que não passou para o segundo turno em 2020 no Recife justamente por faltar esse ponto. E para fortalecer tudo isso, segundo ele, o União Brasil já vem se organizando inclusive para atrair outros partidos para a disputa. Ele considera que até março do ano que vem serão definidos os nomes e também espera que na Frente Popular ocorram defecções.
Quanto à avaliação do governo Paulo Câmara, ele o considera desgastado, com fadiga de material. Vê no governo estadual um fator de dificuldade para o empreendedor, empresário, que cobra muitos impostos, falha na infraestrutura, saúde, segurança e educação.
Ao final da entrevista, respondeu que acredita haver espaço para a terceira via em termos nacionais, embora não explicitou quem pode encarnar essa disputa.