Lula enfrenta desafio inédito no terceiro governo: impopularidade

Mário Flávio - 06.06.2024 às 06:25h

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vive um cenário inédito em seu terceiro mandato. Diferente dos governos anteriores, o petista enfrenta dificuldades para exercer a mesma influência política de outrora, especialmente na interferência sobre os planos de seus aliados. A baixa popularidade atual impacta diretamente suas decisões, fazendo com que, muitas vezes, ele se veja obrigado a aceitar decisões de “aliados”

Essa perda de poder é particularmente evidente em quatro capitais estratégicas: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Recife. Nessas cidades, Lula gostaria de ter maior controle e influência sobre as escolhas políticas e candidaturas, mas se vê forçado a aceitar as decisões já tomadas pelos líderes locais e partidos aliados.

Em Recife, essa dinâmica se manifesta na relação de Lula com o prefeito João Campos (PSB). Recentemente, em uma conversa longa e produtiva, Lula sinalizou que o PT apoiará a reeleição de Campos, independentemente da escolha do vice na chapa. Este apoio é crucial para Campos, especialmente considerando a complexidade do cenário político local e as possíveis implicações para futuras eleições estaduais.

Durante o encontro, além da política, foram discutidas ações e projetos que serão anunciados na próxima semana para beneficiar a capital pernambucana. Essa abordagem pragmática de Lula mostra sua disposição em priorizar a governabilidade e a execução de projetos em detrimento de disputas internas e políticas de influência.

Essa mudança reflete a complexidade e os desafios de seu terceiro mandato, no qual a estratégia passa a ser a aceitação e o apoio às decisões locais em prol de uma governabilidade mais ampla e eficiente. O que na prática ainda não ocorrer. A conferir.