O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou nesta terça-feira (4) a “guerra de bonés” protagonizada por parlamentares governistas e da oposição durante as sessões no plenário. A disputa simbólica entre os grupos se tornou uma forma de protesto político, com deputados utilizando bonés que representam suas posições ideológicas.
O movimento começou com parlamentares bolsonaristas, que passaram a usar bonés estampados com a frase “no meu país, ninguém solta a mão de ninguém”, em referência ao lema que surgiu após a eleição de Lula. Em resposta, deputados da base governista passaram a exibir bonés com mensagens favoráveis ao presidente.
Diante desse cenário, Hugo Motta expressou seu descontentamento, afirmando que a Câmara deve se concentrar em debates produtivos e na resolução de pautas essenciais para o país, e não em manifestações que desviam o foco das discussões legislativas.
“O Parlamento precisa ser um espaço de diálogo e construção de soluções para os problemas do Brasil. Essa disputa simbólica pode parecer irrelevante, mas acaba transformando o ambiente legislativo em um palco de embates estéticos, quando o que realmente importa é o debate de ideias e a busca por soluções concretas.”
A “guerra de bonés” evidencia o acirramento político dentro da Câmara, refletindo a polarização entre os grupos e dificultando a tramitação de pautas de interesse nacional. Enquanto isso, temas como a reforma tributária e os projetos de combate à violência seguem aguardando deliberação no Congresso.
