Há dez anos, Caruaru perdia o jornalista Souza Pepeu

Mário Flávio - 25.08.2020 às 08:35h

No dia 25 de agosto de 2010 morria em Caruaru um dos ícones do jornalismo e da política local. Jornalista premiado e de traço refinado, Souza Pepeu não resistiu a um infarto e acabou morrendo deixando uma lacuna enorme.

Nascido no 16 de novembro de 1940, Pepeu, como era carinhosamente chamado por todos, cresceu na Rua Saldanha da Gama, em meio aos muitos irmãos e vizinhos. O destino desse comunicador, que idealizou e fundou a revista Caruaru Hoje, sempre esteve ligado, direta e indiretamente, à sua cidade natal.

Ainda menino, naquele tempo distante no qual os Direitos da Criança não eram respeitados, trabalhou em banca de jogo. Estudioso e inteligente, logo usou voz e talento para observar a cidade, a política, a vida das pessoas.

Tornou-se radialista, depois jornalista, formou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Caruaru, e também participou ativamente da luta pela redemocratização, depois que uma ditadura militar, a partir de 1964, usurpou o poder dos legítimos representantes do Brasil, eleitos pelo povo.

Teve o seu mandato de vereador cassado pela ditadura. Muitos anos depois, já na década de 1980, concorreu de novo, venceu e foi devidamente empossado, tendo sido vereador entre 1983 e 1988 e considerado um dos legisladores mais atuantes da época.

Usou o mandato para dar vida a projetos de lazer e garantir a proteção ambiental, pois compreendeu a importância do meio ambiente para o equilíbrio da vida humana. Sempre foi um homem à frente do seu tempo, preocupado com coisas como árvores, bichos e a preservação do nosso mundo para as futuras gerações.

Foi um grande torcedor do Central, amava o time do seu coração, chegou a ser seu diretor e, não raro, viajava pelo país para assistir a partidas do seu ‘Glorioso’. Hoje a sala de imprensa do Central leva seu nome.

Fez muitos amigos, casou com a educadora e dentista Clívia Maria Alencar Freire Pepeu, teve três filhos, Fabianna, Julianne e Sérgio. Ele orgulha a todos por ter sido um caruaruense que sempre quis a manutenção da democracia no país e a Capital do Agreste sempre bela e próspera para quem nela nasceu ou nela deseje viver.

Com informações de Fabianna Pepeu