O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou neste sábado (14) que os contratos de empreiteiras com a Petrobras investigados na Operação Lava Jato serão revistos pelo governo. A fase deflagrada ontem (13) pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, atingiu presidentes e funcionários de nove empresas brasileiras, todas fornecedoras da estatal brasileira do petróleo.
Durante entrevista coletiva realizada hoje em São Paulo, Cardozo ressaltou que não são todos os contratos que estão na mira do governo. De acordo com o ministro, o Palácio do Planalto, junto com a presidenta da Petrobras, Graça Foster, vai analisar qual a melhor forma de proceder nos casos investigados. Somente aqueles citados na Lava Jato correm o risco de serem revistos ou até mesmo cancelados.
“Não posso imputar culpa a empresas antes do final da investigação. Mesmo que sejam comprovadas irregularidades, a Petrobras não pode parar. Estou falando apenas dos contratos da Petrobras que estão sob suspeita”, disse Cardozo durante a coletiva, realizada hoje pela manhã no escritório da Presidência da República em São Paulo.
Segundo o ministro, é preciso avaliar se as obras suspeitas, como a da refinaria Abreu e Lima – um dos alvos da Lava Jato – vão continuar. Cardozo informou que, em tese, pode ter ocorrido “cartel ou qualquer favorecimento indevido”.