O governador Eduardo Campos tem o primeiro grave problema para administrar em 2011. Desde ontem que o clima é tenso na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. Uma rebelião terminou com três internos mortos – um deles decapitado com requintes de crueldade. Hoje pela manhã, um novo motim, terminou com tiros, com um menor sendo atingido no pé.
A rebelião desta terça-feira aconteceu no Pavilhão A, conhecido como ala de segurança da unidade, onde ficam reclusos os internos com idades entre 18 e 21 anos. A confusão teve início por volta das 17h e seguiu para os demais pavilhões da unidade. A situação só se acalmou por volta das 23h, depois que cerca de 30 policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar entraram no local. Mais cedo, os adolescentes que haviam tomado toda a unidade chegaram a forçar as grades para tentar fugir do prédio.
Durante a invasão da polícia foram usadas balas e bombas de efeito moral, além de gás lacrimogênio. Três agentes socioeducativos que tinham sido feitos reféns foram libertados pouco depois da entrada do Batalhão do Choque na unidade. Em meio à confusão, um policial militar foi ferido na cabeça, resultado das pedras jogadas de dentro para fora da unidade pelos reeducandos que resistiam à entrada dos PMs. Ainda hoje, o governador Eduardo Campos deve se pronunciar sobre o caso.