
As companhias aéreas Avianca, da Colômbia, e a brasileira Gol, anunciaram, na manhã desta quarta-feira (11), a união de seus negócios, dando origem ao Grupo Abra. O novo grupo irá controlar as companhias Avianca e Gol, cujas marcas serão mantidas de forma independente, e terá participações na companhia Viva, na Colômbia e no Peru, e na chilena Sky.
A Avianca Group possui uma frota de mais de 110 aeronaves e é a companhia aérea líder na Colômbia, América Central, Equador e opera 130 rotas na América Latina. A Gol opera uma frota de 142 aeronaves e possui 33,6% de participação no mercado doméstico brasileiro, atrás da Latam (35,1%), segundo os dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
O Grupo Abra será co-controlado pelos principais acionistas da Avianca e pelo acionista controlador da GOL. Constantino de Oliveira Junior, o fundador da Gol, será o CEO do Grupo Abra. E o empresário Roberto Kriete, controlador da Avianca, será o presidente do conselho de administração do grupo. Kriete foi responsável por transformar a TACA na principal companhia aérea da América Central, nos anos 1980, e fez a fusão com a colombiana Avianca Airlines em 2009. Em 2006, ele fundou a mexicana Volaris.
Adrian Neuhauser, CEO da Avianca, e Richard Lark, atual CFO da Gol, serão co-presidentes do Grupo, enquanto mantêm suas atuais funções nas companhias aéreas. O Grupo Abra Group terá capital fechado e sede no Reino Unido. Segundo o comunicado divulgado pelo grupo, após o fechamento o grupo deverá receber investimentos de US$ 350 milhões de dólares de investidores financeiros. A expectativa é concluir o acordo no segundo semestre de 2022, sujeito a aprovações regulatórias.
Em 2020, a Avianca Brasil teve a falência decretada pela Justiça após acumular uma dívida bilionária. A companhia que deixou de operar no Brasil era a marca comercial da Oceanair, mas não fazia parte do grupo de companhias da Avianca Holdings S.A, com sede na Colômbia. A Avianca Holdings entrou em recuperação judicial nos Estados Unidos em 2020, mas conseguiu evitar um processo de falência ao ter um plano de recuperação aprovado no final de 2021.