A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, removeu uma publicação em suas redes sociais na qual promovia o novo programa de crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada, referindo-se a ele como “empréstimo do Lula”. A decisão ocorreu após críticas e uma ação judicial movida por partidos de oposição, que alegaram promoção pessoal indevida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na postagem original, Gleisi sugeria que, diante de dificuldades financeiras e juros elevados, os trabalhadores recorressem ao “empréstimo do Lula”. A publicação gerou controvérsias, levando a ministra a apagá-la e a se pronunciar sobre o ocorrido. Ela afirmou que, devido a iniciativas jurídicas de partidos de oposição com objetivos políticos evidentes, decidiu remover o conteúdo. 

O partido Novo acionou o Tribunal de Contas da União (TCU), acusando Gleisi de violar o princípio da impessoalidade na administração pública ao associar diretamente o programa governamental ao presidente Lula. 

O programa em questão, lançado recentemente pelo governo federal, permite que trabalhadores formais obtenham empréstimos com desconto em folha, utilizando o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia. Segundo o Ministério do Trabalho, em três dias, a nova modalidade já registrou mais de 40 milhões de simulações de crédito, com mais de 4,5 milhões de propostas solicitadas e 11 mil contratos fechados. 

A remoção da postagem por parte da ministra e as ações judiciais refletem o ambiente político polarizado e as discussões sobre os limites da promoção de políticas públicas por autoridades governamentais.