
O economista e ex-participante do Big Brother Brasil, Gil do Vigor, utilizou suas redes sociais na segunda-feira, 25 de março, para expressar preocupação com o novo programa do governo federal que permite aos trabalhadores contrair empréstimos utilizando o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia. 
Gil explicou que, anteriormente, trabalhadores com carteira assinada podiam acessar empréstimos consignados descontados diretamente na folha de pagamento. Com a nova proposta, é possível utilizar até 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória como garantia para os bancos.  
O economista alertou que, embora a taxa de juros prometida seja reduzida em quase 40%, passando de 2,89% para aproximadamente 1,73% ao mês, os trabalhadores devem ter cautela. Ele exemplificou que, ao tomar um empréstimo de R$ 10 mil, o indivíduo poderia pagar cerca de R$ 7 mil apenas em juros, totalizando uma dívida de R$ 17 mil. 
Gil também destacou a alta taxa de endividamento das famílias brasileiras, com 76% delas endividadas e 73 milhões de pessoas com alguma dívida ativa, sendo que 30% estão inadimplentes. Ele enfatizou que, em caso de demissão, o trabalhador que utilizou o FGTS como garantia pode enfrentar dificuldades financeiras adicionais, pois os bancos terão acesso ao saldo do FGTS e à multa rescisória. 
Diante desse cenário, Gil do Vigor aconselha cautela aos trabalhadores que consideram aderir a esse novo modelo de empréstimo, ressaltando os riscos envolvidos e o potencial impacto negativo em situações de desemprego.