G20 quer mais impostos para bilionários

Mário Flávio - 29.02.2024 às 08:00h

Os ministros da economia e presidentes dos bancos centrais dos 20 países mais ricos do mundo estão aqui no Brasil, em São Paulo, para falar sobre o combate à pobreza. Bilionários na mira. O assunto do momento é a taxação dos super-ricos, um tema defendido pelo governo brasileiro. Nas palavras de Haddad, bilionários pagando mais impostos é uma das melhores soluções para resolver a crise da desigualdade.

Na visão dele, a medida seria justa porque o 1% mais rico do mundo é dono de 43% de todos os bens financeiros. A ideia que Haddad deu foi criar um imposto global no modelo de tributação progressiva — quem ganha mais, paga um maior percentual de impostos. A França defende o mesmo.

Menos de 8% da arrecadação do G20 vem da taxação de riquezas. Ao mesmo tempo, quase 1/3 dos tributos recolhidos vem das cobranças sobre o consumo. Só em 2022, o rendimento do 1% mais rico do bloco foi de US$ 18 tri — mais até do que o PIB da China.

Quem defende, enxerga que a medida seria justa e reduziria desigualdades. Já quem é contra fala que os ricos tendem a levar todo o capital para um país que cobre menos impostos. Zoom out: Estima-se que um tributo mínimo global sobre bilionários poderia arrecadar US$ 250 bi/ano. Isso dá 2% dos quase US$ 13 trilhões que pertencem aos 2.700 mais ricos do mundo.