A juíza Nearis dos Santos Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, acatou o pedido do Ministério Público e decretou a prisão preventiva da ex-deputada federal Flordelis. Ela foi presa em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Ela é acusada pela morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, morto a tiros em junho de 2019 e responderá por homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima-, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. A sentença de pronúncia é de maio deste ano. Outros dez réus também respondem pelo assassinato.
Em redes sociais, Flordelis divulgou um vídeo falando que estava indo presa, e pedindo orações.
A decisão se dá 48 horas após a ex-deputada ter o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar e depois de dois pedidos de prisão: um feito pelos advogados da família de Anderson, que atuam como assistentes de acusação, outro pelo Ministério Público do Rio, protocolado nesta sexta.
O Ministério Público do Rio de Janeiro alega que, ao longo de toda a persecução penal, ficou claro que a liberdade da ré Flordelis colocava em risco tanto a instrução criminal quanto a aplicação da lei penal e que, mesmo sendo cabível e necessária sua prisão preventiva, a decretação só não foi possível devido à imunidade parlamentar.
A defesa de Flordelis nega que ela seja a mandante do crime e entrou com pedido de habeas corpus contra a prisão.