No início da tarde desta segunda-feira (09), a presidente Dilma Rousseff convocou uma entrevista coletiva com uma comitiva de ministros para detalhar as ações do governo nos estados atingidos pelas chuvas. Entre eles estavam os ministros Fernando Bezerra Coelho e Aloizio Mercadante, que reforçaram o empenho de suas pastas, Integração e Ciências e Tecnologia, para realizar obras de reconstrução de áreas já atingida e investimentos de prevenção a longo prazo.
Na verdade, a coletiva respirou uma atmosfera de tentativa de fortalecer a imagem de Fernando Bezerra, em face das últimas denúncias sobre direcionamento político de repasses de seu ministério para Pernambuco. Indagado se Dilma tinha confiança nele, FBC respondeu que teve uma longa conversa com a presidente e que ela reiterou a importância dos investimentos de reconstrução no estado e que a mobilização para obras de prevenção vem sendo feita desde o ano passado, a fim de evitar novos desastres no futuro. “Este país perdeu duas décadas de desenvolvimento, enquanto crescia desordenadamente e as pessoas iam morar em áreas de risco. Nosso planejamento é a longo prazo, é demorado, os investimentos em obras de reconstrução foram necessários e estão de acordo com o plano de governo nacional, e desde ano passado temos nos mobilizado para desenvolver um plano de ações de prevenção e impedir que outras tragédias aconteçam”, ressaltou.
Mas as perguntas para Fernando também se referiram a novas denúncias contra ele, dando conta de que ele teria comprado duas vezes um mesmo terreno em Petrolina, quando prefeito da cidade. Indagado sobre isso, FBC foi enfático: “eu já fui três vezes prefeito de Petrolina e todas as minhas contas foram aprovadas. Quanto a essas denúncias, esqueceram de mencionar que a oposição já tentou emplacar quatro denúncias contra minha gestão e todas elas foram rejeitadas, eu estou tranquilo quanto às prestações de contas em minhas gestões”. Outra denúncia recente se refere a um suposto favorecimento que ele teria dado a seu filho, o deputado federal Fernando Coelho (PSB), em repasses federais, denúncia que ele também negou.