Estudo mostra que hospitais particulares fecharam no Brasil; no entanto, rede pública segue em crescimento

Mário Flávio - 30.05.2018 às 17:57h

A Federação Brasileira de Hospitais – FBH lançou dia 24/07 na feira Hospitalar, em São Paulo, um relatório técnico minucioso compilados a partir de dados do Ministério da Saúde: o Cenário dos Hospitais no Brasil – 2018 que traz  gráficos, números, mapas, informações e análises que mostram a situação e a distribuição nacional e regional do setor hospitalar brasileiro. O número de hospitais e, consequentemente, o número de leitos hospitalares, são importantes indicadores para determinar o tamanho da estrutura, o contingente de recursos e a capacidade do atendimento de saúde em alta e média complexidade disponível à população de qualquer país ou região.

Embora não exista um parâmetro oficial que aponte a densidade de leitos hospitalares por habitante, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima globalmente uma média de 3,2 leitos hospitalares para cada 1.000 habitantes. Para a América Latina e Caribe esta estimativa cai para 2,0 leitos hospitalares por 1.000 habitantes (1).

Nessa perspectiva, esse relatório da situação dos hospitais privados no Brasil, de forma inédita, consolida dados e analisa a evolução e a configuração dos hospitais privados no período entre 2010 e 2018 a fim de contribuir com estratégias de planejamento e gestão e ampliar as perspectivas de novos investimentos na prestação de serviços hospitalares em todo o território nacional.

Uma informação importante que a publicação traz é a de que, para retornar ao número de hospitais e leitos observados em 2010, o setor de saúde brasileiro teria que injetar R$ 30 bilhões. Os estabelecimentos privados foram os que mais sofreram no período. Ao todo foram 430 hospitais privados fechados entre 2010 e março de 2018. Na contramão, foram criadas 343 unidades de saúde pública, na mesma base de comparação. Para o presidente da FBH, Luiz Aramicy Pinto, a tendência é que o número não piore, tendo em vista que o volume chegou ao limite. Contudo, ele destaca que os desafios de operar no País continuam complexos.