Em Caruaru, professores evitam a greve, mas paradas são mantidas

Mário Flávio - 14.03.2013 às 11:00h

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Terminou agora há pouco a assembleia geral extraordinária dos professores da Rede Municipal de Ensino em Caruaru. Por unanimidade, os docentes decidiram em manter as paradas alternadas. Para marcar o início do movimento, os docentes decidiram parar as atividades imediatamente. Uma nova parada ocorre nesta sexta-feira (15) e a partir de 14h os professores com o apoio da Uesc irão percorrer as principais ruas do Centro de Caruaru, com a promessa de apitaço e muito barulho.

A reunião foi marcada por muita reclamação dos docentes e começou com a leitura das propostas apresentadas pela prefeitura a respeito do PCC para mudar a redação do novo Plano de Cargos e Carreiras. Logo na sequência a palavra foi facultada aos professores, que passaram a se revezar no uso do microfone. “Não é novidade para ninguém que a resposta da prefeitura seria essa, esse PCC veio para penalizar aos professores. Todas as propostas enviadas são desfavoráveis a toda a classe, seja do professor, gestor, enfim, não podemos cruzar os braços e temos que estar juntos nesse movimento. Vamos nos unir, olhem o exemplo dos médicos, que se uniram e tiveram todas as reivindicações atendidas, cabe a nós assumir o compromisso e ir até o fim”, disse o professor Antônio Cesário.

Os professores ainda cobram por férias, que segundo eles, algumas estão atrasadas. Representando a Atec o professor Fabiano Moraes voltou a pedir que os professores reforcem as paradas e leu o documento enviado pela Dhesca Brasil, entidade ligada a Unesco. “Esse relatório vem comprovar que além do autoritarismo que foi colocado nesse PCC para votação, mostra que os direitos humanos foram violados”, disse o docente.

Com um gesto simbólico os professores rasgaram as propostas enviadas pela prefeitura e logo após, colocaram as propostas da categoria em votação, que decidiu por paradas e manifestação em diversas ações da prefeitura.