Denúncia contra Jair Bolsonaro

Mário Flávio - 14.04.2018 às 11:45h

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta sexta (13) o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) ao Supremo Tribunal Federal (STF) por racismo praticado contra quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs. Se condenado, o pré-candidato ao Planalto poderá cumprir pena de um a três anos de prisão.

Em um vídeo, que foi amplamente divulgado na internet e na imprensa, Jair Bolsonaro disse: “Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher”. Logo depois, ele fez um discurso de ódio contra os índios, e colocou a culpa neles pela não construção de três hidrelétricas em Roraima.

Em seguida, ele criticou os quilombolas e disse que essas comunidades tradicionais “não fazem nada” e “nem para procriador eles servem mais”. Durante o evento, o deputado também discriminou os estrangeiros, estimulou comportamentos xenofóbicos e discriminação contra imigrantes.

Além da prisão de Bolsonaro, a PGR também pede o pagamento mínimo de R$ 400 mil por danos morais coletivos. Na denúncia, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, avalia a conduta de Jair Bolsonaro como ilícita, inaceitável e severamente reprovável. Para a PGR, o discurso do deputado transcende o desrespeito aos direitos constitucionais dos grupos diretamente atingidos e viola os direitos de toda a sociedade.