Déficit da previdência não pode ser pago pelo “andar de baixo”, afirma Daniel Coelho

Mário Flávio - 08.02.2017 às 07:10h

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O deputado Daniel Coelho (PSDB) fez sua estreia nesta terça-feira (7), na tribuna da Câmara Federal, pós recesso parlamentar, defendendo a aprovação duas reformas ora em tramitação no Congresso Nacional: a previdenciária e a tributária.

Quanto à primeira, disse ele, “não pode ser feita para o andar debaixo pagar a conta” e, quanto à segunda, disse que sua aprovação é importante porque muitos pagam muito, alguns pagam pouco e o dinheiro é mal utilizado.

“A questão da previdência precisa ser melhor discutida, sem demagogia. Modificações têm que ser feitas sim, mas não para fazer o andar debaixo pagar a conta. Pois, se fizermos os cálculos, a previdência não quebrou por conta daquele trabalhador que ganha um ou dois salários mínimos, que é a parcela majoritária da população. Quebrou porque existem brasileiros que se acham mais brasileiros que os outros, começando, inclusive, por coisas que acontecem aqui no Poder Legislativo. Temos que quebrar privilégios e fazer com que todos, efetivamente todos, sejam igual perante a lei”, disse o deputado pernambucano.
Sobre a reforma tributária, disse que ela precisa sair do papel e ser posta imediatamente em votação para que seja discutida, inclusive, a sua melhor distribuição com os entes federativos – União, estados e municípios.

O tucano criticou também a radicalização do debate político entre uma esquerda atrasada e uma direita reacionária.
“Entristece-me ver o debate político reduzido a uma polarização de extremos que não leva o Brasil a solução. De um lado, temos uma esquerda atrasada, antiga, com propostas completamente ultrapassadas, de uma ocupação do estado, de uma defesa de corporativismo que levaram o Brasil à quebradeira. E do outro temos uma direita radical, que se encontra com essa esquerda radical na defesa das mesmas teses corporativistas, sem encarar as reformas necessárias para o Brasil avançar”, acrescentou.