A corrida pela prefeitura do Recife ganha contornos cada vez mais tumultuados, especialmente com a tensão crescente entre o candidato do PL, Gilson Machado Neto, e o presidente estadual da legenda, Anderson Ferreira. Este desentendimento não é apenas uma questão interna do partido; ele reflete diretamente na escassez de recursos destinados à campanha de Gilson, que até o momento conta com pouco mais de R$ 6 milhões, diante de quase R$ 9 milhões esperados.
A crise se acentuou após a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro a Pernambuco, quando os Ferreira, figuras centrais do PL no estado, não compareceram a nenhum evento. Essa ausência levantou questionamentos sobre a unidade do partido e o apoio efetivo que Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, está recebendo em sua corrida eleitoral.
Um aspecto particularmente é a atitude de Fred Ferreira, irmão de Anderson e candidato a vereador, que, ao invés de apoiar a candidatura de Gilson, tem focado em sua própria reeleição sem menções ao candidato a prefeito. Essa postura levanta suspeitas de que o presidente do PL esteja, de fato, boicotando a campanha de Gilson.
Com a situação financeira e de apoio político fragilizada, a pergunta que fica é: até onde essa rivalidade interna poderá comprometer as chances do candidato do PL? O tempo está passando e, enquanto a disputa se intensifica, a falta de unidade dentro do partido pode se transformar em um sério obstáculo para Gilson Machado Neto. A dinâmica entre os Ferreira e Gilson não só impacta as campanhas individuais, mas também reflete uma crise de liderança e direção que pode ter consequências drásticas nas urnas.
Se o PL deseja ser um concorrente forte nas eleições, é fundamental que as arestas sejam aparadas e que a base partidária se una em torno de uma estratégia comum, antes que seja tarde demais. A política é, sem dúvida, um jogo de alianças e, neste momento, a falta delas pode custar caro ao candidato. E fica a pergunta: Bolsonaro não sabe disso? A conferir.