Cresce risco para jornalistas no Brasil
Ao lado de nações como a Síria, o Irã e o Paquistão, o Brasil entrou, como quarto colocado, na lista dos países onde mais aumentaram os riscos para os jornalistas trabalharem no último ano, de acordo com relatório do Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ), divulgado ontem em Nova York. A inclusão do País, segundo o Comitê, ocorreu por causa do número de assassinatos de profissionais, considerado alto – quatro em 2012, depois de registrar três em 2011 -, pelo crescimento da censura judicial e por outro fator preocupante: a falta de punição dos responsáveis e lentidão da Justiça nos processos.
A contagem de baixas fatais no planeta, no ano passado, feita pelo Comitê, chegou a 67 profissionais – o que fez de 2012 “um dos piores anos desde que o CPJ começou a contabilizar as mortes, em 1992″. O número só foi superado pelos 74 assassinatos registrados em 2009. Síria e Somália foram, juntos, os principais responsáveis pelo aumento de 42% de vítimas em relação ao ano anterior. Além deles, o informe de Carlos Lauria, coordenador do Comitê na América Latina, destaca a Rússia por suas leis repressivas, e a Etiópia, onde se recorreu até ao terror para silenciar a imprensa.