
O deputado Coronel Meira (PL/PE) pediu ao Tribunal de Contas da União que investigue a promoção suspeita do delegado da Polícia Federal, Thiago Rezende, que indiciou a família Mantovani, mesmo após a PF ter recomendado o arquivamento do processo, por não ter constatado de crime.
O deputado fez dois requerimentos, um para a Mesa, a ser encaminhado para o Ministério da Justiça e outro ao TCU onde solicita detalhes da promoção que levará o delegado e sua família para viver na Europa por dois anos. Meira solicita que a promoção seja suspensa até que a investigação seja concluída.
O documento traz questionamentos sobre a designação do delegado da Polícia Federal Thiago Severo de Rezende para exercer o cargo de oficial de ligação junto à Europol (Agência da União Europeia para a Cooperação Policial), dias antes do indiciamento da família Mantovani, que teria xingado o ministro Alexandre de Moraes, em Roma, enquanto esperavam para embarcar num voo da Itália para o Brasil.
Mas a PF já havia concluído as investigações sobre esse caso, e o delegado responsável à época, Hiroshi de Araújo Sakaki, decidiu por não indiciar os acusados. Portanto, o recuo da PF com relação ao indiciamento, dias após a designação de Thiago Rezende para ocupar cargo na Europol, causou estranheza.
“Se as investigações já foram concluídas, por que a Polícia Federal recuou sobre do indiciamento dos acusados? A designação do delegado Thiago de Rezende para o cargo na Europol, tem relação com o indiciamento dos supostos agressores do ministro Alexandre de Moraes? Quais foram os critérios de seleção para este cargo, qual a remuneração? São questionamentos que faço e aguardo as respostas.” Afirma Meira.