Comissão dos EUA diz que Alexandre de Moraes “censura” oposição ao governo Lula

Mário Flávio - 18.04.2024 às 08:09h
Foto: Joédson Alves

Congressistas republicanos dos Estados Unidos divulgaram um relatório com diversas acusações de censura e ataques à liberdade de expressão no Brasil. O documento, que possui mais de 500 páginas, detalha ordens enviadas pelo Poder Judiciário brasileiro ao Twitter (X) nos últimos anos, pedindo a remoção de perfis e impondo multas às plataformas em caso de descumprimento ou demora.

Para se ter uma ideia, foram expostas quase 90 decisões de Alexandre de Moraes e do Tribunal Superior Eleitoral. O movimento acontece depois das acusações de Elon Musk aos supostos abusos de autoridade cometidos pelo ministro, que virou alvo do bilionário nos últimos dias. Ontem, inclusive, Moraes disse que éramos mais felizes antes das redes sociais.

O documento faz duras acusações contra o inquérito das Fake News, dizendo que “o Supremo concedeu a si mesmo poderes para agir como investigador, procurador e juiz ao mesmo tempo”. No geral, as ordens do Judiciário eram bem similares, tendo um padrão com a determinação da remoção, um prazo bem curto para ser cumprido e uma multa consideravelmente alta — R$ 100 mil por dia, muitas vezes — em caso de descumprimento.

A lista de “repressões à liberdade de expressão” apontadas pelo relatório vão do ex-presidente Jair Bolsonaro até a Folha de São Paulo. Marcel Van Hattem, Marcos do Val, Monark e o jornalista Guilherme Fiuza também foram citados.