As eleições de 2026 em Pernambuco terão um cenário inédito para o Senado: duas vagas em disputa e um leque de pré-candidatos de peso. Teoricamente, uma dessas cadeiras já tem dono. O senador Humberto Costa (PT), aliado de primeira hora do presidente Lula e com forte atuação no Congresso, tem tudo para garantir a reeleição. Seu alinhamento com o governo federal e a influência dentro do PT o colocam em uma posição confortável na disputa. Mas a segunda vaga promete ser palco de uma verdadeira batalha.
De um lado, Gilson Machado Neto, ex-ministro do Turismo e nome de confiança de Jair Bolsonaro, será o candidato da direita bolsonarista no estado. Ele terá o desafio de consolidar um eleitorado que, apesar de expressivo, ainda não demonstrou força suficiente para vencer no estado em disputas majoritárias. O nome do ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, também é citado, mas a divergência dele com Gilson azeda essa possibilidade.
Pelo campo governista, Silvio Costa Filho, atual ministro de Portos e Aeroportos de Lula, sonha com a vaga pelo grupo da Frente Popular. No entanto, terá que enfrentar a concorrência de outros aliados e consolidar um nome forte dentro da base lulista. Outro nome que circula nos bastidores é Eduardo da Fonte, líder do PP, que aposta em uma possível aliança com a governadora Raquel Lyra para viabilizar sua candidatura.
A família Coelho, com forte influência no Sertão, também quer um espaço na disputa e pode lançar Miguel Coelho, ex-prefeito de Petrolina e nome que busca um protagonismo estadual. Ele tentará capitalizar o recall da última eleição para governador e o apoio da sua base no interior.
Outro nome que aparece no tabuleiro é o de Fernando Dueire, que assumiu o Senado após a renúncia de Jarbas Vasconcelos. No entanto, seu baixo nível de reconhecimento popular pode dificultar suas chances em uma eleição tão competitiva.
A ex-deputada Marília Arraes pode ser uma aposta do Solidariedade para entrar na disputa, ela tem o recall das últimas eleições, mas ficou sem mandato e para ser candidata dependerá do arranjo na Frente Popular. Por fim, o ministro da Pesca, André de Paula, também surge como possibilidade, embora esteja mais cotado para tentar voltar à Câmara dos Deputados. Seu nome poderia ser uma alternativa caso haja um rearranjo de forças dentro do governo Lula.
O que está claro é que a eleição para o Senado em Pernambuco será uma das mais disputadas dos últimos tempos. Com diversas forças políticas envolvidas e alianças ainda em construção, o cenário segue indefinido e promete muitas movimentações nos próximos meses. A conferir.
