Coluna do Blog do MF – Mais de 1000 pessoas assassinadas em Pernambuco em 2024

Mário Flávio - 02.04.2024 às 08:12h

O cenário da violência em Pernambuco continua alarmante, com números que deixam claro o desafio enfrentado pelo estado no combate à criminalidade. Nesta segunda-feira, 1º de abril, foram registradas 11 mortes, elevando o total de homicídios no estado para 1.005 desde o início do ano até o momento.

Esses dados refletem uma realidade preocupante e reforçam a urgência de medidas eficazes para lidar com a violência e promover a segurança da população pernambucana. No entanto, apesar dos esforços e recursos investidos, programas como o Juntos pela Segurança ainda não conseguiram obter os resultados esperados, deixando evidente a necessidade de revisão e aprimoramento das estratégias adotadas.

A insegurança tornou-se um dos principais desafios do governo estadual, exigindo ações coordenadas e efetivas para enfrentar esse problema complexo. Além do impacto direto nas vidas das vítimas e de suas famílias, a violência afeta também o desenvolvimento social, econômico e humano do estado.

Diante desse contexto, é fundamental que as autoridades responsáveis pela segurança pública intensifiquem os esforços no combate à criminalidade, adotando políticas mais assertivas, investindo em prevenção, investigação e punição dos responsáveis pelos crimes. Além disso, é essencial promover a integração entre as diversas esferas do poder público e a sociedade civil, buscando soluções conjuntas e sustentáveis para enfrentar esse desafio.

É preciso que o governo do estado reconheça a gravidade da situação e priorize a segurança como uma questão fundamental para o bem-estar e a qualidade de vida de todos os pernambucanos. A população espera e merece uma resposta efetiva e comprometida com a proteção dos seus direitos e da sua integridade física e emocional. A conferir.

Guerra na Alepe…

Foto: Divulgação

O projeto do Governo do Estado propondo o fim das faixas salariais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de forma escalonada até 2026 continua dividindo opiniões no Plenário da Alepe. Aliado do governo e ex-policial militar, Joel da Harpa (PL), acusou a suposta interferência da gestão estadual na Comissão de Justiça da Casa, que deve debater a proposta nessa terça (2). O deputado afirmou estar preocupado com a condução do debate pela presidência do colegiado.

…Criticou Antônio Moraes

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Segundo o parlamentar, a ingerência do Poder Executivo pode levar à rejeição de emendas constitucionais. “Fui contrário à decisão do deputado Antônio Moraes (PP) de encerrar a reunião e de desligar os microfones, para que a gente pudesse usar o microfone para acalmar a tropa. Meu posicionamento, na Comissão, continua sendo contrário ao projeto do Poder Executivo, que é inconstitucional”, apontou.

Defendeu o governo…

O líder do governo na Casa, Izaías Régis (PSDB), refutou que exista interferência na condução da discussão no colegiado de Justiça. Ele argumentou que o Governo está agindo com responsabilidade fiscal. Socorro Pimentel (União), também saiu em defesa da gestão. “Existe, sim, uma impossibilidade do Governo pagar, em três meses, R$ 1 bilhão à categoria. A extinção das faixas salariais já foi um feito da governadora, acabando com o problema criado pelo PSB e por seus aliados”, considerou.

…Mais críticas

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Já o vice-presidente da Comissão de Justiça, Romero Albuquerque (União), fez críticas à suposta tentativa do Governo de substituí-lo no colegiado. Para o deputado, houve intenção de colocar alguns parlamentares contra outros, além da ausência de diálogo sobre a questão. Ele enfatizou que a governadora Raquel Lyra agiu de forma despótica e motivada por interesse político próprio. “É essencial que nós, parlamentares, defendamos a nossa autonomia legislativa, além das categorias que têm sido negligenciadas por este Governo. E essa Casa não pode se curvar pela pressão autoritária do Governo do Estado”, afirmou.

Raquel gravou vídeo…

A governadora Raquel Lyra gravou um vídeo e voltou a falar que vai cumprir a promessa do fim das faixas salariais da PM e dos Bombeiros Militares. Ela atacou o PSB: “Um problema criado pelos governos passados, que significa um impacto de R$ 1,8 bilhão nos cofres do estado. É por isso que a gente propôs fazer isso por etapas, proporcionando, com responsabilidade, inclusive fiscal, aumento pra toda a categoria já neste ano, mas priorizando o salário daqueles que ganham menos. E como fizemos desde o primeiro dia do nosso governo, estamos encarando o problema de frente e trabalhando para resolver”, disse.

…O problema foi a promessa

O grande problema na fala de Raquel é que na campanha de 2022 ela prometer acabar com as faixas de forma imediata e não escalonada, conforme o projeto enviado para a Assembleia. Se for rejeitado, a tucana pensa em acionar o Supremo Tribunal Federal, o que deve tensionar ainda mais a relação entre o governo do estado e a Assembleia, que virou um ambiente hostil a Raquel.

Cal Volia se filia ao PSB

Prefeito de Itapissuma de 2009 a 2016, Cal Volia escolheu o PSB para disputar um novo mandato nas eleições deste ano. A filiação ocorreu na noite desta segunda-feira (1º), em ato na sede estadual do partido, no Recife. As boas-vindas foram dadas pelo prefeito da capital e vice-presidente nacional do PSB, João Campos, pelo presidente estadual do PSB, deputado Sileno Guedes, e pelo deputado federal Guilherme Uchoa Jr. (PSB).