A corrida pela prefeitura de São Paulo ganhou um novo protagonista, e seu nome é Pablo Marçal. Com uma estratégia de campanha que rompe com os moldes tradicionais da política, Marçal rapidamente se tornou uma força a ser reconhecida, deixando a oposição atônita e sem respostas eficazes. Marçal não é um candidato convencional.
Ele não se apoia em grandes máquinas partidárias ou em figuras políticas de destaque para construir sua campanha. Até ensaiou fletar com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas como ele declarou apoio ao prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes, defende as ideias do Bolsonarismo, mas começa a alçar voo solo.
Ele utiliza as redes sociais como sua principal plataforma, criando uma conexão direta com milhões de eleitores. Essa abordagem, que foge completamente à lógica da política tradicional, vem se mostrando extremamente eficaz. Prova disso é o fato de que Marçal já lidera as pesquisas de intenção de votos para a prefeitura de São Paulo, desbancando candidatos com maior tempo de estrada, máquina e peso político.
O impacto de Marçal no cenário político é tão grande que o bolsonarismo, acostumado a dominar o debate nas redes sociais e a direita, parece não saber como enfrentá-lo. Guilherme Boulos, por sua vez, sumiu do debate, possivelmente perplexo com a ascensão meteórica do candidato do PRTB. Até mesmo o jornalista José Luiz Datena, um nome forte do PSDB, veio a público reclamar da exposição de Marçal nas redes, sugerindo uma regulação dessas plataformas—a ironia de um defensor da liberdade de expressão pedindo tal medida não passou despercebida.
A única que parece tentar enfrentar Marçal de maneira mais direta é Tabata Amaral (PSB). Ela vem expondo aspectos do passado do candidato, tentando, assim, criar um contraponto ao discurso dele. No entanto, essas tentativas tiveram um efeito reverso. Quando as ações para retirar as redes sociais de Marçal do ar foram postas em prática, ele simplesmente migrou para uma conta reserva, que rapidamente conquistou mais de 3 milhões de seguidores. Hoje, Marçal possui mais seguidores que todos os outros candidatos juntos, o que só reforça seu domínio nesse campo.
O que Marçal está fazendo é mais do que apenas desafiar seus adversários; ele está desafiando as normas estabelecidas de como uma campanha política deve ser conduzida. Enquanto seus rivais tentam encontrar maneiras de desacelerar sua ascensão, Marçal continua a crescer, aproveitando o poder das redes sociais de uma maneira que poucos conseguiram fazer. E, se esse ritmo continuar, não será surpresa se ele não apenas vencer a eleição, mas também redefinir a maneira como as campanhas políticas são realizadas no Brasil. A conferir.