Após o bombardeio da imprensa sulista, o presidente do senado, José Sarney, convocou o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, para comparecer ao Congresso na quinta-feira. Na ocasião, FBC vai se defender das acusações de favorecimento de parentes e do seu estado natal – Pernambuco – em liberação de verbas e de cargos. A intimiação que foi feita a FBC foi a pedido do próprio, que tem a intenção de provar de uma vez por todas a sua inocência. Filiado ao PSB, o tiular da pasta será ouvido pelos integrantes da Comissão Representativa, responsável por representar a Câmara e o Senado durante o recesso parlamentar.
Tudo começou com a reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo. O veículo de comunicação mostrou que 90% das verbas para a área foram destinados a Pernambuco. Na sexta-feira, o titular da pasta se prontificou a comparecer e esclarecer as denúncias. Desde o início do bombardeio da mídia sulista, que Bezerra Coelho, em nenhum momento o socialista se esquivou e a cada entrevista que concede se mostra firme nas posições tomadas.
Jornalistas dos maiores veículos do Brasil estão pelos quatro cantos do Estado cascaveando a vida do ministro, para que possiveis irregularidades sejam encontradas. A bancada de Pernambuco na Câmara, prefeitos, aliados e opositores, além do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, saíram em defesa do ministro e garantem que não houve nenhuma irregularidade, o que ainda não foi contestado diferente do que aconteceu com outros ministros, que caíram ainda nos primeiros meses do governo Dilma.
O ministro também não comete deslizes ou concede entrevistas atrapalhadas, como foi o caso de Carlos Lupi. Mas a situação não é fácil, afinal FBC luta contra parte da imprensa do Sul e os desastres naturais, que deixaram milhares de desabrigados nos estados de Minas, Rio e Espírito Santo. A cabeça do ex-prefeito de Petrolina está pesada e ele tem que ter o máximo de cuidados para não cair em nenhuma arapuca política, já que esse tipo de debate, infelizmente, tem muita miudeza.
A COMISSÃO – A Comissão Representativa do Congresso convocada por José Sarney será formada por oito senadores e 17 deputados indicados pelas lideranças partidárias e está de plantão desde o dia 23 de dezembro. Com certeza as perguntas mais cabeludas deverão vir da oposição. Esse plantão dos deputados vai até 1º de fevereiro.
APOIO – O ministro continua recebendo apoio de aliados. O deputado federal, Wolney Queiroz, enviou nota ao blog e disse que existe perseguição por parte da mídia do Sul do Brasil. “Todo apoio a Fernando Bezerra Coelho. Um dos melhores ministros de Dilma, que esta sendo execrado pela preconceituosa imprensa do Sul”.
APOIO II – Além de Wolney, já manifestaram apoio dos deputados João Paulo, Cadoca e o senador Humberto Costa. Os governadores Antonio Anastasia (MG), Sérgio Cabral (RJ) e Raimundo Colombo (SC), além de Eduardo Campos, já manifestaram apoio a Fernando Bezerra Coelho. Até o prefeito Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), oposição ao ministro, divulgou nota de apoio.
E DILMA? – O que mais estranha a todos nesse momento de crise é a postura da presidenta Dilma Roussef. Em nenhum momento a petista saiu dem defesa do ministro, deixando transparecer para alguns, que pode ter existido falta de confiança no ministro. Em situações piores, Dilma falou e depois teve que demitir o ministro. Talvez por isso, ela prefira o silêncio.
GUERRA – Em Agrestina, o clima é de guerra. Os vereadores da oposição querem cassar a prefeita Carmem Miriam (PT). O pedido de cassação partiu do vereador, Gordo de Zelito. Ele alega que a prefeita cometeu diversas irregularidades em não atender aos pedidos de informação, que foram solicitados pelos edis.
GUERRA II – A situação não deixou por menos. O líder da situação na Casa, vereador Ivan Veras, disse que as denúncias são vazias e nada irão acrescentar ao cenário político. Segundo o petista, existe a tentativa de golpe na Terra das Andorinhas e a meta é derrubar a prefeita Carmem Miriam. Pelo jeito, a eleição por lá vai ser uma das mais quentes da história.