De acordo com o Censo 2022, a rede geral, rede pluvial ou fossa ligada à rede de esgotamento sanitário atende 52,27% dos moradores de Pernambuco, o equivalente a 4,7 milhões de pessoas, contra 41,82% da população no Censo 2010. Ou seja, 47,73% não são atendidos.
Com o resultado, Pernambuco está em décimo lugar nacional e tem o segundo melhor percentual do Nordeste, atrás apenas de Sergipe (53,63%). No entanto, os números são inferiores à média nacional, que alcançou 62,51%.
As informações foram divulgadas nesta sexta (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no módulo “Características dos Domicílios – Resultados do Universo”.
De acordo com o Censo 2022, Santa Cruz do Capibaribe tem 88,94% dos moradores atendidos pela rede geral de esgotamento sanitário, o maior percentual entre os municípios do estado, em contraste com São José da Coroa Grande, cuja porcentagem foi de 1,04%, a menor da pesquisa.
Em segundo lugar entre as formas de esgotamento sanitário em Pernambuco, está a fossa rudimentar ou buraco (23,95%) e, na sequência, está a fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede (13,24%), solução individual ainda considerada adequada pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB). Os demais tipos de esgotamento sanitário pesquisados pelo levantamento são vala, utilizados por 4,03% da população, rio, lago, córrego ou mar (3,87%), e outra forma (1,58%). Pouco mais de 1% dos pernambucanos (1,07%) não têm banheiro nem sanitário.
O Censo 2022 também investigou a existência de banheiros e sanitários nos domicílios. No estado, 96,88% dos aproximadamente 9 milhões de moradores do estado viviam em domicílios com ao menos um banheiro de uso exclusivo, incluindo chuveiro e vaso sanitário, contra 89,33% registrados no Censo 2010. Dos pernambucanos que viviam em lares com banheiro em 2022, 68,81% deles tinham um banheiro disponível, 21,3% moravam em residências com dois, 4,69% com três e 2,07% com quatro banheiros ou mais.
Por outro lado, 1,56% dos pernambucanos viviam em lares onde havia apenas sanitário ou buraco para dejeções, inclusive os localizados no terreno, contra 5,23% em 2010 e 1,07% dos habitantes do estado, o equivalente a 96.279 pessoas, viviam em lares sem banheiro nem sanitário. Em 2010, eram 5,43% da população. Além disso, 0,49% dos moradores do estado usavam banheiro comum a mais de um domicílio, categoria incluída no Censo 2022.