Associação de agricultores vai solicitar ao Governo de Pernambuco decreto de estado de emergência

Mário Flávio - 12.12.2012 às 10:55h

Os estados do Ceará e da Paraíba já decretaram emergência diante da gravidade da seca que perdura na região. Diante da perspectiva de continuidade da estiagem, conforme revelam os centros meteorológicos, a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), órgão que representa 12 mil agricultores, solicitará que o governador Eduardo Campos faça o mesmo. A entidade entregará o pleito ao coordenador estadual de combate à seca, Ranilson Ramos, que também é secretário de Agricultura, nesta quarta-feira (12), às 10h, na sede da pasta estadual.

“Não tem como suportar mais seca”, diz o presidente da AFCP, Alexandre Andrade Lima. Ele informa que os agricultores ligados à produção sucroenergética pernambucana já amargam perda de 50% do faturamento em função da estiagem. Assim, preocupado com o anúncio da prolongação da seca, o setor deseja a urgente decretação de estado de emergência, uma vez que, se confirmada a previsão, será agravada a situação, afetando, inclusive, o período de brotação da cana da próxima safra, além de prejudicar outras culturas agrícolas e a questão agropecuária.

A justificativa da decretação de estado de emergência visa que o estado tenha condição de agilizar a liberação de recursos federais nas áreas de abastecimento e de apoio aos agricultores que percam a produção. Em comparação, o Ceará decretou a situação por meio do Decreto nº 31053. Na época, 174 municípios sofriam com a estiagem. No dia seguinte, Ricardo Coutinho, governador da Paraíba, prorrogou o decreto que deste o final de maio, já oficializava o cenário caótico. Cerca de 170 cidades paraibanas sofrem diretamente com a estiagem prolongada.