Assembleia lança projeto para jovens que aguardam adoção

Mário Flávio - 23.05.2019 às 16:18h

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) lançou nesta quarta-feira (22) o projeto “Alepe Acolhe” que visa promover a inclusão social e formação profissional de jovens em situação de extrema vulnerabilidade que estejam aptos à adoção. O programa será realizado em parceria com a 2ª Vara da Infância do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

Idealizador do projeto e 1º secretário da Alepe, o deputado Clodoaldo Magalhães (PSB) destacou que a ideia é “reverberar a cultura da adoção com o apoio do Judiciário e de todas as entidades que buscam sensibilizar a sociedade para o amor envolvido nesse processo”.

Durante a solenidade de lançamento do “Alepe Acolhe”, o presidente da Assembleia, Eriberto Medeiros (PP), aproveitou a presença do vice-presidente da Unale (União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais), Ricardo Barbosa, e sugeriu que a experiência de Pernambuco seja replicada nas demais assembleias do país.

Barbosa, que também preside a Assembleia Legislativa da Paraíba, elogiou a iniciativa e se comprometeu em estendê-la aos outros legislativos. “A Unale fez questão de se fazer presente no lançamento desse primoroso programa que, tenho certeza, se espalhará em outras casas legislativas do Brasil. Já providenciei para que comece pelo legislativo do meu estado”.

Oportunidade – O “Alepe Acolhe” prevê a realização de cursos de atualização em língua portuguesa, estrangeira e informática e aprendizagem de rotinas no ambiente de trabalho. O programa oferecerá uma bolsa-auxílio no valor de R$ 500 reais e atenderá, num primeiro momento, 10 adolescentes.

São requisitos para ingressar no programa: estar apto à adoção; ter idade mínima de 17 anos e seis meses; manifestar interesse na iniciação de formação profissional e comprovar frequência regular em instituições de ensino médio ou dos anos finais do ensino fundamental. O estágio terá duração de seis meses.

Representando o TJPE na solenidade de lançamento do programa, o juiz da 2ª Vara da Infância, Hélio Braga, elogiou a agilidade da Alepe na execução do projeto. De acordo com o magistrado, as leis são insuficientes para resolver questões sociais como o problema da adoção. “Precisamos da sensibilidade das instituições. Não há dúvida de que pequenos atos, pequenas emoções constroem grandes obras”.