Nesta primeira edição de 2018, o nosso tema não poderia ser outro que não as perspectivas para a jornada de doze meses que teremos pelas próximas 52 semanas. O ano que iniciamos tem datas oficiais no calendário instituído por Gregório XIII, o Papa, desde o ano de 1582.
No aspecto internacional, teremos mais uma edição da Copa do Mundo de Futebol, evento criado por Jules Rimet, tendo a sua primeira edição no ano de 1930, unindo treze equipes na disputa do campeonato, sediado curiosamente na América do Sul, no país vizinho, o Uruguai.
Se foram os ingleses que criaram as normas para o desenvolvimento do futebol em escala mundial, era de se esperar que os britânicos também fossem sediar a primeira copa, mas não foi assim que aconteceu. O próprio idealizador Rimet talvez tenha acalentado o sonho de ver a França, seu país de origem, como sede do referido evento. Na década de 30, tivemos três copas, até a sua interrupção, por conta do terrível episódio da segunda guerra mundial, que impediu a realização por doze longos anos. Cinco vezes campeã, a seleção brasileira vive o seu melhor momento, e desponta como favorita para a sexta vitória. Sendo denominada a pátria de chuteiras, a sociedade brasileira entra em campo junto com a sua seleção.
Outro evento nacional é a realização de eleições para os cargos de presidente, governadores, senadores e deputados federais e estaduais. Seguramente vivemos a maior crise ética na política brasileira em todos os tempos. Uma turbulência misturada com um furacão e maremoto desde o final de 2014. A sociedade brasileira ética, honesta, trabalhadora, empreendedora, estudantil, refuta as práticas e transações ocorridas diariamente nos porões dos gabinetes de partidos e órgãos da administração pública, conforme nos revelam as diversas investigações nos níveis municipal, estadual e federal, mostradas por operações da grandeza da Lava Jato. Plenamente indignada, a sociedade reprova e condena os agentes públicos envolvidos, como também expande uma nuvem de descrença nos políticos da nação e esse modelo eleitoral caduco, viciado e corrompido que temos. Abolir a reeleição também no legislativo, ampliar o mandato para 5 anos, disciplinar o fundo partidário, reduzir o número de partidos e impedir financiamento empresarial de campanhas seriam passos significativos para restaurar o processo eleitoral e a confiança que o povo perdeu neste processo. Eleição é o vestibular da democracia, e a alternância no poder, o combustível que move essa mesma democracia.
Entre a Copa do Mundo e as Eleições, o Brasil precisa ainda encarar a grave crise financeira que nos trouxe a 2018 com 12,5 milhões de desempregados. Será um ano seguramente dinâmico, desafiador, mas que nos propõe oportunidades para novas conquistas, em novos momentos.
Assumindo a capacidade de ser construtores de um país e um mundo melhor, planejamento, capacitação, fé e ação são indispensáveis para a evolução que todos almejamos.
O futuro é hoje, o momento é agora.
*Prof. José Urbano