Nunca é demais repetir que voto é fidúcia e fidúcia significa confiança.
A pleno pulmão eu já disse em campanha eleitoral: “Se não confiar não precisa votar”.
O eleitor não aquilata o poder que deterá nos dias 07 e 28 de outubro do ano em curso.
Poderia ser comparado a um poderoso elefante que pesa e dá trombada no que lhe vier pela frente.
Mas, infelizmente, queda-se inerte rente “às verdades políticas”, noutras palavras, “mentiras eleitorais” que de forma mais sofisticada se repetem a cada pleito.
Não bastasse o poder econômico do candidato para lhe fazer diferente daqueles que tentam o voto pela persuasão, a difusão de suas “verdades políticas” chegam aos ouvidos mais longínquos.
A priori, pobre não vota em pobre!
O eleitor comum adora ter um mandatário de luxo!
Na campanha eleitoral os candidatos se fazem de humildes e comparecem em casas que a elas só voltarão quatro anos depois… Cobrando mais quatro anos, porque os primeiros quatro foram muito curtos e passaram rápido e não deu tempo cumprir o prometido. E neste caso, os senadores, é mais grave, precisam de 16 anos e não só dos 08 anos do mandato inicial.
A idolatria é tamanha que até ex-operário que se torna milionário, através da “política profissional”, sem conseguir explicar a evolução patrimonial e mesmo após condenado, ainda é “desculpado” por parte de seu eleitorado que também sofreu as consequências dos seus crimes de “lesa pátria”.
Feliz o eleitor que tem um bom candidato e igualmente feliz deveria ser o candidato que tem um bom eleitorado. Todavia, nem sempre esse casamento dá certo, pois um tem o “dinheiro” e o outro tem o voto que se transmuda em “mercadoria”.
Por mais que se propale que voto não tem preço, tem consequência… O eleitor insiste em votar contra si mesmo, desde que aufira alguma vantagem antes de chegar à urna.
O eleitor se rende inicialmente ao líder da comunidade, depois ao próprio candidato a cargo eletivo… Depois se decepciona com todo sistema.
Quiçá este 2018 seja um ano exótico em relação aos de outras eleições pretéritas.
Que o eleitor não reeleja políticos para os mesmos cargos!
Que a opção não seja pelo candidato mais rico e sim pelo mais capaz.
Que os corruptos sejam ceifados e entregues à justiça.
Que o País reencontre, enfim, sua rota de verdadeira Ordem e Progresso!
*Severino Melo – [email protected] / fone-zap 999727818 – para quem mandato não é emprego e política não é profissão.