Menos de um mês após detonar o prefeito Zé Queiroz (PDT), quando citou palavras como arrogância e prepotência, o ex-diretor de Meio Ambiente, Jorge Quintino (PMDB), não resistiu a tentação do poder e voltou ao governo. Ele vai ocupar a função de diretor de Meio Ambiente, a mesma quando saiu do governo. O tempo todo na coletiva de imprensa, o ex-integrante do Partido Verde esteve colado a Eduardo Guerra (PT) e deve apoiar a candidatura do mesmo a vereador. Mas o que de fato representa a volta de Quintino ao governo?
O novo diretor mais desagrega do que acrescenta. A mudança repentina de Jorge apresenta o debate sobre a falta de coerência na política. O que dizer ao eleitor de Jorge Quintino que já viu tais situações se repetirem por mais de uma vez? Quando estava no PDT, o professor participou de uma reunião do Partido Verde e ninguém da sigla sabia que ele estava na legenda. Dessa vez, o agora peemedebista sai do governo, assume postura de oposição e agora volta para os braços de Queiroz.
A decisão de nomear o novo diretor será difícil de ser digerida por aliados. Vejam o exemplo de Lula do Mel, que tem muito mais serviços prestados na área do meio ambiente, mas talvez por falar o que pensa, foi preterido da escolha para ser o diretor e aqui o debaye não é na questão da vaidade, mas de quem tem serviços prestados pela causa verde. Hoje, o prefeito citou a questão de Serra dos Cavalos, mas uma tragédia foi evitada devido a postura de Lula, já que Jorge sumiu quando a situação apertou. Com a volta de Jorge, a permanência de Lula no governo é incerta, já que o mesmo afirmou nos bastidores que não aceitava em hipótese alguma, a volta de Quintino ao governo. Mas essa é uma questão a parte. Vamos voltar ao assunto em questão…
No fim do ano passado o professor foi até a confra de fim de ano da oposição e percebeu de perto todas as articulações para enfrentar a situação. Como confiar num político que muda de opinião o tempo todo? Quem garante que se os resultados das pesquisas não mudarem o professor não pulará de lado para a oposição? Coerência e ética são palavras em extinção na política, mas aqui e acolá percebemos que ainda existem políticos sérios que não necessitam de cargos para sobreviver. Vejam o exemplo da ex-deputada Terezinha Nunes (PSDB). Em Olinda, o PSDB se uniu ao PCdoB e decidiu apoiar o nome de Renildo Calheiros para a reeleição. No entanto, a ex-líder do governo Jarbas na Assembleia não aceitou e ficou na oposição, mesmo ainda fazendo parte do ninho tucano.
Ao procurar a oposição para saber se Jorge Quintino teria pelo menos comunicado sobre a saída, o presidente do PMDB local, Adjar Soares, foi pego de surpresa e soube por este blogueiro da decisão de quintino. O empresário disse que Jorge Quintino tinha conversado com ele pela manhã e não tinha tocado no assunto. Se o governo acertou na aquisição de Jorge só o tempo vai dizer, mas uma situação é certa, em tempos em que a ética é motivo de exigência na política, a nomeação de Jorge Quintino pegou muito mal. Abaixo a gravação feita com Jorge Quintino, quando ele detonou o atual governo. Detalhe, não faz nem um mês que a gravação foi feita.