
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou nesta quinta-feira, 6, sua defesa prévia na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que o acusa de planejar um golpe de Estado. A estratégia de Bolsonaro busca questionar a condução do caso e reforçar sua defesa perante o Supremo Tribunal Federal (STF).
Um dos principais pedidos apresentados na defesa do ex-presidente é que a análise do caso seja feita pelo Plenário do STF e não pela Primeira Turma da Corte. A solicitação reflete a preocupação da defesa com o peso da decisão e a composição da turma responsável pelo julgamento.
Bolsonaro também levanta questionamentos sobre a atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, sugerindo que sua condução do processo pode comprometer a imparcialidade do julgamento. Além disso, a defesa critica a validade da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, apontado como um dos principais colaboradores da investigação. A argumentação da defesa é de que a delação não seria suficiente para fundamentar a denúncia sem outras provas concretas.
Outra estratégia utilizada pelo ex-presidente é a indicação de testemunhas que podem reforçar sua versão dos fatos. Entre os nomes citados estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, senadores e ex-chefes militares que, em algum momento, mencionaram Bolsonaro em seus depoimentos. O objetivo é confrontar as acusações e trazer novas perspectivas para o caso.
A denúncia da PGR contra Bolsonaro é um dos desdobramentos das investigações sobre supostas tentativas de minar o processo democrático no Brasil. A decisão sobre o encaminhamento do caso e a aceitação das testemunhas ainda caberá ao STF, que deverá definir os próximos passos do processo nos próximos dias.