Durante participação no 20º Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), nesta sexta-feira (11), em São Paulo, o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT), afirmou que está empenhado em restaurar a confiança dos brasileiros no sistema previdenciário. Sabatinado por jornalistas da revista piauí, Metrópoles e pela diretora da entidade, Basília Rodrigues, o ministro abordou temas como combate a fraudes, modernização da pasta e o fortalecimento da proteção social.

“Quero ser lembrado como o ministro que defendeu a proteção social e deixou um legado de integridade na Previdência. Meu compromisso é com os 41 milhões de beneficiários e com os mais de 60 milhões que ainda vão se aposentar. Temos que garantir que o que aconteceu no passado não se repita”, afirmou Wolney.

O ministro revelou que buscou apoio técnico de outros ministérios para promover uma “revolução interna” na Previdência. Ele também destacou a reestruturação da ouvidoria, o reforço da inteligência institucional e a atuação conjunta com o INSS para garantir o ressarcimento de aposentados afetados por fraudes.

Como parte das ações, Wolney se reuniu com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para fortalecer a articulação no combate aos crimes contra o sistema previdenciário. “Colocamos o ministério à disposição da Polícia Federal para ajudar em todas as investigações”, declarou.

Em meio às críticas que o ministério enfrentou nos últimos meses, o ministro recebeu nesta semana uma boa notícia no campo jurídico. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidiu arquivar uma representação apresentada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) contra Wolney, o ex-ministro Carlos Lupi e o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Segundo o PGR, não houve comprovação de dolo ou individualização de conduta que justificasse a continuidade das investigações.

A participação de Wolney no evento da Abraji faz parte da estratégia de reposicionamento institucional da Previdência, que tenta se recuperar da crise de imagem após denúncias de fraudes, dificuldades operacionais e demora na análise de benefícios. O ministro reforçou o discurso de modernização, transparência e compromisso com os segurados.