Bolsonaro mantém 40% de avaliações positivas, mas otimismo com combate à corrupção cai 10 pontos, diz pesquisa

Mário Flávio - 20.02.2019 às 11:08h

Do Infomoney

Com pouco mais de um mês de mandato, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) mantém avaliação positiva de 40% da população. É o que mostra pesquisa XP/Ipespe, realizada entre os dias 11 e 13 de fevereiro, a segunda realizada desde a posse do mandatário.

Segundo o levantamento, feito antes da crise envolvendo suspeitas de financiamento de candidaturas laranjas no PSL ter atingido o núcleo duro do Palácio do Planalto e culminado na queda do ministro Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral), as avaliações negativas do governo oscilaram negativamente de 20% para 17% de janeiro para cá, enquanto o percentual de eleitores que classifica a gestão como “regular” foi de 29% para 32%.

Quanto às expectativas para o restante do mandato de Bolsonaro, houve oscilação negativa de 3 pontos percentuais no percentual “ótimo/bom”, agora em 60%. O grupo que espera uma gestão ruim ou péssima, contudo, persiste concentrando 15% do eleitorado.

Apesar da percepção favorável, as expectativas dos eleitores com relação ao combate à corrupção nos próximos seis meses pioraram. De acordo com a pesquisa, agora 44% acreditam que a corrupção terá apresentado diminuição no período. Em janeiro, o percentual era de 54%.

Já o grupo dos que esperam um incremento na prática saltou 10 pontos percentuais, para 26%. Outros 28% não projetam mudanças no quadro.

Para 34% dos entrevistados, as notícias sobre o governo federal e o presidente Jair Bolsonaro eram mais favoráveis, enquanto outros 24% apontaram fatos mais negativos revelados na televisão, nos jornais, rádios e na internet. O levantamento, contudo, não captou as reações à crise que culminou na primeira baixa da atual gestão.

Outro fator testado pela pesquisa foi a avaliação do Congresso Nacional. Constatou-se que a queda significativa na repulsa aos parlamentares registrada em janeiro se manteve. Agora, 35% avaliam o Poder Legislativo “ruim” ou “péssimo”, 30 pontos percentuais a menos do que o percentual registrado em novembro do ano passado e 2 pontos a menos em comparação com a última pesquisa.

O levantamento também ouviu dos entrevistados as opiniões sobre o maior responsável pela situação econômica atual. Lidera a lista o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde abril do ano passado após ser condenado em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso envolvendo um apartamento tríplex no Guarujá (SP).

Na sequência, aparecem os nomes dos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT). Fatores externos são citados por 13% dos eleitores, enquanto Bolsonaro é apontado por 7%.

A pesquisa XP/Ipespe foi realizada entre os dias 11 e 13 de fevereiro, antes da crise envolvendo o financiamento de candidaturas do PSL ter atingido o núcleo duro do Palácio do Planalto e culminado na queda do ministro Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral). Foram feitas 1000 entrevistas telefônicas, conduzidas por operadores, com eleitores de todas as regiões do país. A margem máxima de erro é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.