Votação na Câmara mostra que base do governo segue desarticulada

Mário Flávio - 08.06.2013 às 14:25h
Ricardo Liberato pediu o Regime de Urgência e irritou a liderança do governo. A imagem é de Antônio Valdevino

Ricardo Liberato pediu o Regime de Urgência e irritou a liderança do governo. A imagem é de Antônio Valdevino

No momento do ato de posse, o prefeito Zé Queiroz (PDT), se dirigiu aos vereadores e garantiu que a Câmara de Caruaru iria ser uma parceira da administração. Na secretaria de Relações Institucionais foi colocado o ex-vereador e um dos coordenadores da Campanha, Marco Casé (PTB). O radialista Davi Cardoso ficou na função de Executivo e parecia que as coisas iam andar.

Na prática a situação mostra outra realidade. A ampla base está desarticulada e parece a Torre de Babel. O governo não sofreu a primeira derrota na Câmara graças a experiência do presidente da Casa, vereador Leonardo Chaves (PSD), no que se refere ao adiamento da votação do Projeto dos Transportes. O líder do governo na Casa, Dr. Demóstenes, estava visivelmente irritado, já que houve o pedido de dispensa de interstício sem que ele fosse consultado.

O que se viu após a votação foi muito burburinho e vereadores sem saber o que fazer. Ainda existem os pedidos que deixam o governo de saia justa. Nessa mesma sessão, o vereador Edjaíson da Caruforró (PT do B), queria solicitar uma audiência pública para debater o aumento no valor das passagens dos transportes coletivos. A situação irritou aos aliados, já que a Câmara tem assento no COMUT e um debate não teria efeito algum.

No confronto com a pequena e barulhenta oposição, a base governista leva desvantagem. Na última terça-feira (4), o vereador Val (DEM), líder da oposição, usou a tribuna para criticar as condições da Feira da Sulanca (horário de iniciar indefinido, falta de segurança, vendas nas ruas e calçadas, além de sujeira). Durante sua fala, ele foi apartado pelo vereador Edjaílson, que faz parte da base aliada. Edjaílson concordou com as críticas do democrata e ainda endossou. “Tem muita sujeira no local e o horário de começar acaba prejudicando os feirantes e criando facilidade para os lojistas”, disse.

Outra reclamação constante é o privilégio de alguns vereadores. O edil Heleno do Inocoop (PRTB) usa constantemente a Tribuna e diz que é amplamente atendido pelo Executivo Municipal. A possível ida de Neto para a base é outro problema. Os governistas garantem que a ambição em tirá-lo da oposição com atenção especial, deixa na mão aliados históricos.