Vila cenográfica da Estação Ferroviária conta com réplica do ‘Trem do Forró’

Mário Flávio - 23.06.2023 às 09:51h

Por muitas décadas, considerado um dos símbolos do São João de Caruaru, a Capital do Forró recebia várias pessoas que faziam o trajeto do icônico Trem do Forró, que saía, todos os anos, na época de São João, do Recife com destino à Caruaru.

O Ferroviário surgiu em 1987, quando um grupo de servidores do Estado decidiu comemorar o São João dentro do trem que os levava até Caruaru. O trem saía do Recife com dezenas de passageiros, ao som de muito forró.

Após o desembarque e depois de muita festa durante o trajeto, os turistas, que chegavam à cidade para curtir o final de semana de festas, se deparavam com um grandioso evento, como acontece até hoje. A última viagem do Trem do Forró aconteceu nos anos 2000 e marcou o final do tráfego ferroviário na cidade.

A caruaruense Deusa Maria relembra dos tempos do Trem do Forró chegando em Caruaru. “Eu recordo que o Trem do Forró era muito aguardado por inúmeras pessoas que ficavam esperando ele passar, tanto no percurso, quanto na Estação Ferroviária. Era muito animado, todo mundo amava. As pessoas que vinham no trem, vinham dançando, alegres. A rua ficava cheia”, disse.

A réplica, localizada na Estação, conta com seis vagões, lindamente decorados, onde são ofertados serviços para a população a exemplo do Centro de Atendimento ao Turista (CAT).

Para o Prof. Dr. William Lopes Torres, a Estação Ferroviária de Caruaru é um marco histórico da cultura e economia da cidade. ”A Estação esteve em funcionamento durante o final do século XIX ao XX, sendo hoje, um símbolo de referência não somente para a economia ou trânsito de pessoas, mas também, para o turismo”, disse.

“Nos anos 80, foi dado um incremento à Estação Ferroviária, quando passou a ser a parada do Trem do Forró de Caruaru que, esteve em atividade até o ano 2000. Por fim, a Estação Ferroviária, hoje tombada pelo IPHAN, foi, e ainda é, sem sombra de dúvidas, um marco histórico da economia e da cultura de Caruaru”, concluiu o historiador.