Desde a noite da quinta-feira (13), a mídia nacional repercutia as consequências de uma ação descontrolada da Polícia Militar, durante os protestos de manifestantes no centro de São Paulo, contra o reajuste da tarifa de passagens de ônibus. Mas, principalmente na web, através de blogs e redes sociais, o caos provocado ganhou uma repercussão ampla e dinâmica, que ultrapassou os conteúdos de opinião e as próprias linhas editorias de veículos de comunicação tradicionais que cobriram in loco  o protesto. Vários vídeos foram postados, com diferentes momentos que registravam ações da PM para impedir o avanço de manifestantes pelas ruas do centro, o que resultou em moradores, pedestres, passageiros de ônibus e jornalistas feridos. Abaixo selecionamos alguns dos vídeos que mais repercutiram durante essa sexta.

Esse foi o quarto ato contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo, na quinta-feira, foi o mais violento até aqui. A Rua da Consolação, no centro, virou um campo de batalha, quando os policiais impediram que manifestantes seguissem para a Avenida Paulista. Diante do contexto, o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, defenderam a atuação da Polícia Militar durante o protesto. Alckmin disse que a corporação tem o dever de “proteger a população, garantir o direito de o comércio abrir e preservar o patrimônio público”. Além disso, o governador afirmou que a PM agiu para evitar manifestações mais violentas.

Já o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que é irreal a implantação de uma tarifa zero na cidade e que não existe a possibilidade de reduzir o valor da passagem, que aumentou de R$ 3 para R$ 3,20 no dia 2 de junho. O Movimento Passe Livre defende a gratuidade das passagens. Contudo, na quinta-feira, Haddad disse que as cenas de violência por parte da PM foram “lamentáveis e não condizem com São Paulo”.