Vereadores usam legendas nanicas para se eleger e, pra variar, não leram estatuto do partido

Mário Flávio - 28.02.2013 às 09:55h

Após tomarem posse e aprovarem o polêmico Projeto que atualiza o PCC da Educação, alguns vereadores de Caruaru mostram que ler antes de assinar é quase um hábito. A maioria votou no projeto assim e na hora da escolha do partido também não leram o estatuto das legendas, pelo jeito, o que pesou mesmo foi a ida para um partido nanico, com o único intuito de se eleger.

Cada partido tem o estatuto, que rege as normas e regras da legenda. Alguns cobram um percentual do salário do político. No caso do PT, por exemplo, o dízimo pago ao partido varia de acordo com o cargo que o mesmo ocupe. Em legendas como O PRTB esse percentual é de 10% dos salários dos vereadores e tal situação é bem clara na Carta Magna do partido.

No entanto, os três vereadores eleitos pelo PRTB em Caruaru, Jadiel Nascimento, Heleno do Inocoop e Val das Rendeiras, não aceitam pagar a taxa de 10%. Com isso, pode ser iniciada uma briga de bastidores e o partido entrar na justiça para ter direito aos valores. O mesmo ocorre com Jajá no PPS, já que o partido também cobra valor igual para manter a sigla funcionando em perfeitas condições.

No caso do PRTB, o presidente municipal da Legenda, Luciel Émerson, disse que a taxa terá que ser paga, mas que uma conversa pode resolver o impasse, o que deve ocorrer nos próximos dias. Mas tal situação revela mais uma vez, que alguns partidos servem exclusivamente para fazer composições e deixam muito a desejar quando o assunto é o interesse popular.