Vereadora de Toritama diz que pedido de cassação por suplente é perseguição política

Mário Flávio - 15.07.2023 às 11:53h

A vereadora Carol Gonçalves (MDB) veio à tribuna nesta sexta-feira (14), durante a 1ª Sessão Ordinária da câmara municipal de Toritama, para informar sobre um pedido de cassação feito por seu segundo suplente, Paulo Tavares, no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contra o mandato dela. De acordo com a denúncia, a principal acusação é a ida da parlamentar ao México em fevereiro deste ano, onde ela representou Toritama no Fórum Global pela Democracia como palestrante.

Durante o discurso, a vereadora destacou que está sofrendo uma perseguição, e que o pedido de cassação é uma clara violência política de gênero. “Em uma casa que já passou por tantas polêmicas eu sou a primeira a sofrer um pedido de cassação na justiça em mais de 69 anos da história política de Toritama, uma mulher jovem, preta e da periferia”, pontuou a parlamentar.

De acordo com a denúncia realizada no MPPE, a parlamentar seria passível de cassação por ter viajado para o exterior sem ter dado aviso prévio à câmara municipal, além do uso pessoal de diárias com recursos públicos. Em nota, Carol Gonçalves destacou que a denúncia não teria fundamento legal, visto que o regimento interno da câmara municipal não prevê a necessidade de informação caso o parlamentar tenha a necessidade de deixar o país. Sobre as diárias, a vereadora enfatizou que realizou as prestações de contas necessárias, e que as mesmas foram aprovadas pelo ordenador de despesas da câmara municipal conforme o regimento interno, desconfigurando a informação de uso pessoal.

Ainda durante o discurso, que foi transmitido em uma live no instagram da vereadora, foi questionado quem seriam as pessoas por trás da perseguição citada por Carol. “Ao que parece Paulo Tavares está sendo utilizado como bucha de canhão para os que se acham donos do poder. Então eu me pergunto, a quem interessa cassar um mandato tão atuante, transparente e participativo? Não irei baixar a cabeça diante dessa perseguição, diante de uma violência política de gênero e desse absurdo”, concluiu.