“Val, Cecílio e Sivaldo são os líderes da quadrilha”, diz Erick Lessa

Mário Flávio - 27.12.2013 às 16:40h

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A polícia civil apresentou o balanço da operação Ponto Final nesta sexta-feira (27) na sede da Delegacia Regional de Caruaru. “Caruaru se torna pioneira com uma ação dessa. Assim que terminar esse trabalho vocês vão entender a importância dessa operação. Com a ação vamos acabar com a política corrupta”, disse o delegado. Salustiano albuquerque.

De acordo com o delegado Erick Lessa, três vereadores foram apontados como os mentores do esquema para pedir propina ao Executivo Municipal. “Cecílio Pedro (PTB) e Sivaldo Oliveira (PP) são os líderes da organização criminosa por parte da base do governo e Val (DEM) era o líder por parte da oposição. Foram usadas escutas ambientais para colher as provas. A operação foi iniciada em junho e em dezembro todas as provas foram reunidas”, disse.

Foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, 13 mandados de busca e apreensão, 37 depoimentos e 756 horas de interceptarão telefônica, além de captação de áudio e vídeo. São Mais de 500 páginas de inquérito policial.

Os vereadores investigados são: Sivaldo Oliveira (PP), Cecílio Pedro (PTB), Val das Rendeiras (PROS) e Pastor Jadiel (PROS) e seis da oposição – Val (DEM), Louro do Juá (SDD), Eduardo Cantarelli (SDD), Jajá (PPS), Neto (PMN) e Evandro Silva (PMDB).

Cada vereador poderia pegar até 56 anos de prisão, com exceção de Sivaldo e Cecílio, que pegariam 28 anos cada um, devido à insuficiência de provas, mesmo considerados líderes do grupo. O caso de Jadiel também é particular, já que ele cooperou com a polícia durante a prisão preventiva, mas também será investigado sobre as corcunstâncias do empréstimo de R$ 30 mil. Eles são investigados sobre um suposto esquema de concussão – para obter vantagens em razão de suas funções, na votação principalmente do projeto de criação do sistema Bus Rapid Transport (BRT), corrupção passiva e organização criminosa.