Túlio Gadelha: “Por mais homens que chorem, que expressem seus sentimentos e falem o que precisa ser dito”

Mário Flávio - 07.03.2020 às 09:21h

O deputado federal Tulio Gadelha usou seu perfil no Instagram para falar sobre a repercussão da notícia de que teria chorado depois de perder a liderança da maioria na Câmara para um colega de legenda, o cearense André Figueiredo. 

Gadelha se disse assustado com a repercussão de seu choro. Entretando, o que repercutiu realmente não foi o choro, não são incomuns as manifestações chorosas de políticos, mas a revelação de que a perda da liderança teria levado Gadelha a renunciar à sua pré-candidatura à Prefeitura do Recife, tema, esse sim, relevante, mas sobre o qual o deputado disse que só se pronunciará na proxima segunda-feira, numa coletiva de imprensa.


Leiam a Nota na íntegra;
“Estou assustado com a repercussão que as lágrimas de um homem podem alcançar. Queria aproveitar e informar que isso não é coisa de outro mundo. E que sim, homens choram. Agora, diferentemente da associação que fizeram, o motivo das lágrimas não tem a ver com a candidatura no Recife, mas com a disputa da liderança do bloco e minha decepção com meus colegas de bancada do PDT.

O fato é que havia conversado com 23 (vinte e três) dos meus colegas deputados e 21 (vinte e um) deles, me garantiram o voto. Mas no momento da votação, que se deu de forma aberta, não me contive porque alguns deles decidiram apresentar um voto diferente. Fizeram muitos elogios a mim, mas votaram em outro candidato. Dos 21 votos, tive 3 (três). Mas não guardo nenhuma, nenhuma mágoa.

Entendo e sei que isso aconteceu porque o núcleo nacional do meu partido – as pessoas que definem a destinação de fundo eleitoral, de fundo partidário, a consolidação das alianças e definição das direções partidárias nos estados – escolheu outro nome, que aceitou disputar contra mim, naquele mesmo dia.

Meus colegas de bancada não estão errados, errada está a legislação eleitoral que nos torna parte, e ao mesmo tempo, reféns dos nossos próprios partidos. A intervenção dos partidos naquilo que não for programático, é, e sempre será, um erro. Por mais homens que chorem, que expressem seus sentimentos e falem o que precisa ser dito. Ah, sobre o tema da candidatura, falarei na segunda-feira, em coletiva de imprensa, aqui no Recife.