Tony Gel volta a se posicionar contrário a exigência de passaporte vacinal em igrejas

Mário Flávio - 14.10.2021 às 06:55h

O Governo do Estado não deveria exigir comprovação de vacina ou de testagem para cerimônias religiosas com mais de 300 pessoas. O posicionamento foi defendido pelo deputado Tony Gel (MDB), que avaliou de maneira positiva o fato de o Poder Executivo ter deixado as igrejas de fora da regulamentação do decreto sobre o tema.

Uma portaria publicada nessa quarta (6) pelas secretarias estaduais de Saúde e de Desenvolvimento Econômico detalha as normas para reuniões com mais de 300 participantes, incluindo colações de grau, eventos corporativos, esportivos e culturais. O documento, porém, não trata dos templos religiosos, cujas regras ainda serão definidas. Eventos com quantidade menor de pessoas seguem sem novas exigências.

Para o emedebista, exigir passaporte vacinal em igrejas deve ser evitado por motivos práticos. “São medidas muito difíceis de serem efetivadas. Quem iria controlar o acesso dos fiéis e de que forma?”, argumentou o parlamentar. Ele voltou a recomendar, como fez em discurso na semana anterior, que restrições envolvendo locais de culto sejam feitas em diálogo com líderes religiosos.

Tony Gel ainda fez um apelo para que o comitê de especialistas que aconselha o Governo do Estado nesse tipo de decisão “seja mais cuidadoso em suas orientações”. “O governador Paulo Câmara paga um preço caríssimo por indicações técnicas que não iriam funcionar”, avaliou.

O deputado Erick Lessa (PP) também comentou o caso. “Deixar os templos de fora dessa nova portaria foi fruto da sensibilidade do governador, que atendeu ao pleito da bancada cristã da Alepe”, registrou.