Na entrevista desta terça-feira (14) tivemos a presença do presidente do PSOL Pernambuco, Tiago Paraíba, recém eleito, que fez uma avaliação do cenário político de agora até 2022.
Ele começou destacando que o partido vai ampliar a interiorização e muitos dos filiados que estavam no congresso que o elegeu com 60% dos votos vieram do interior do estado.
Quanto ao governo Paulo Câmara (PSB) o partido se coloca como oposição de esquerda e criticou o que chamou de “perseguição política a sindicalistas do partido como Áureo Cisneiros”. Por isso, o partido aprovou uma resolução para construir uma alternativa de esquerda, que junte partidos desse campo para se contrapor ao PSB em 2022.
O congresso nacional do partido, que será em 28 e 29 de setembro, vai dizer qual o arco de alianças partidárias do PSOL, mas o PCdoB, UP, PT estão no horizonte de conversas, inclusive aqui em Pernambuco.
Também querem dialogar com movimentos sociais e sindicais para que a frente de esquerda vá além de partidos. Sobre a possível federalização da campanha estadual, Tiago considera que está tudo em aberto.
Em seu entendimento, se Bolsonaro chegar em 2022 e Lula não for inviabilizado, a tendência é uma polarização entre essas forças. E mesmo que nesse caso o PT se alie ao PSB localmente, a tendência do PSOL é de não ficar esperando a construção de soluções por outros partidos e sim de procurar viabilizar uma frente de esquerda para a disputa.
Em relação aos atos e manifestações contra o presidente Bolsonaro, Tiago enfatizou que é necessário voltar às ruas no dia 2 de outubro. A agenda de manifestações é construída por uma frente de movimentos sociais e de partidos.
Para ele, o fracasso das manifestações no dia 12 de setembro se deveu ao MBL e as contradições. O PSOL não participou dos atos por considerar que são responsáveis por tudo que vem acontencendo no Brasil desde 2016.
Quanto aos nomes para uma disputa majoritária, Paraíba colocou que o partido está avaliando. Lembrou de Dani Portela, vereadora mais votada do Recife, de Ivan Moraes também vereador da capital, Paulo Rubens Santiago, ex-deputado federal entre outros.
Segundo ele, o partido abriu processo para que os nomes se apresentem internamente e que até o final do ano irão definir a escolha do para 2022.