O baixo desempenho de Pernambuco em duas pesquisas sobre a qualidade da educação pública estadual foi destacado, nesta terça (13), pela deputada Terezinha Nunes, do PSDB. De acordo com a parlamentar, enquanto o Governo do Estado faz alarde sobre o sucesso do Programa Ganhe o Mundo, promovendo viagens de intercâmbio para alunos do Ensino Médio, o cenário real mostra o fracasso do ensino público.
A deputada citou um levantamento recente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Inep, baseado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, Ideb, apontando que, em 2011, Pernambuco ficou em 16º lugar no País, no que se refere às notas de alunos do terceiro ano do Ensino Médio.
Terezinha Nunes revelou também os resultados da pesquisa feita pelo Movimento Todos pela Educação. Segundo os dados, alunos que terminam o Ensino Médio não alcançam os conhecimentos mínimos em Português e Matemática. Além dos índices, a parlamentar afirmou que a evasão escolar e as condições de trabalho dos professores também são reprovadas nos relatórios.
O líder da Oposição, Daniel Coelho, do PSDB, lembrou que Estados como Roraima e Rondônia têm notas melhores que Pernambuco e a realidade da educação pública não tem mudado com o tempo. Betinho Gomes, do PSDB, ressaltou que os professores da rede pública de Pernambuco continuam a receber os piores salários do Brasil.
O presidente da Assembleia, Guilherme Uchoa, do PDT, enfatizou que o governador Eduardo Campos implantou várias ações área de educação, como a oferta de livros, material didático e merenda para todos, garantia do piso salarial para o professor e o Programa Ganhe o Mundo, inédito no País. O deputado ainda salientou que, em Quixaba, no Sertão, existe uma escola-modelo, vencedora por três vezes do Prêmio Gestão Escolar.
Teresa Leitão, do PT, afirmou que o levantamento da situação por índices não mede a realidade da situação. Para a deputada, o Estado avançou no segmento, mas ainda tem muito a melhorar. Raquel Lyra e Ângelo Ferreira, ambos do PSB, destacaram que o Executivo tem investido em escolas de referência e, até 2014, todos os alunos vão poder estudar na unidades.