TCE rejeita contas de gestão da Prefeitura de Itaíba de 2012

Mário Flávio - 19.01.2016 às 09:58h

TCE

A Primeira Câmara do TCE julgou irregular a prestação de contas da Prefeitura de Itaíba de 2012, sob a responsabilidade do prefeito, Marivaldo Bispo da Silva. O voto, aprovado de forma unânime, também previu a aplicação de uma multa ao prefeito no valor de R$ 12 mil.

De acordo com o voto da relatora do processo, conselheira Teresa Duere, o município de Itaíba vem repetindo irregularidades na gestão previdenciária do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) tendo, no exercício de 2012, deixado de efetuar o recolhimento integral das contribuições dos servidores da entidade previdenciária e sobre a folha de pagamento dos profissionais do magistério ao RPPS. Tal fato acarretou o pagamento de multa e juros sobre as contribuições devidas e não recolhidas.

Em relação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), foi observado, no exercício sob análise, o não recolhimento integral das contribuições, bem como o pagamento de juros e multas sobre os valores devidos pela municipalidade ao RGPS. As irregularidades na gestão previdenciária por parte do prefeito têm sido observadas desde o exercício de 2005.

Houve ainda a contratação de atrações artísticas, mediante inexigibilidade licitatória, sem a devida caracterização de inviabilidade de competição. Os gestores apesar de regularmente notificados, não apresentaram defesa.

Por essas razões, a prestação de contas foi julgada irregular e além da multa ao prefeito, foi aplicada uma multa individual no valor de R$ 7.000,00 ao presidente da Comissão Permanente de Licitação (CPL), Antídio Valença Freitas e a Genivaldo Rodrigues da Silva, Mônica Cristina Nemésio da Silva, Ranilson Rossi Ramos, todos membros da CPL. Os valores das multas deverão ser pagos em até 15 dias após o trânsito em julgado desta decisão, após os prazos de recursos.

A Sessão da Primeira Câmara foi dirigida pela sua presidente, conselheira Teresa Duere e o Ministério Público de Contas esteve representado na ocasião pelo procurador Ricardo Alexandre Santos.