Só nos últimos seis anos, o pagamento dos salários de funcionários públicos que recebem acima do teto de R$ 44 mil custou, pelo menos, R$ 20 bilhões aos cofres do nosso país. Os altos valores não são, de fato, remuneração acima do teto — o que seria ilegal —, mas através de indenizações, como venda dos 60 dias de férias ou dos auxílios.
Em um dos casos recentes que repercutiu, membros do Tribunal de Contas de Roraima receberam R$ 1,8 milhão em setembro. Cada vez mais comum: O percentual de servidores do Judiciário e do Ministério Público que receberam pelo menos um mês de supersalário durante o ano cresceu de 83%, em 2018, para 92% em 2024.
Por outro lado, a maioria dos servidores públicos, como professores e outros funcionários municipais, recebe salários bem menores e não tem acesso a essas verbas de auxílio. O PL do fim dos supersalários está parado no Senado. Estima-se que a medida economizaria R$ 5 bi/ano ao país — o que equivale a mais de 500 mil pessoas no Bolsa Família.