O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) convocou uma paralisação geral nesta segunda-feira (9), envolvendo professores e demais servidores da rede estadual de ensino. A mobilização tem como principal objetivo pressionar os deputados estaduais a votarem o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 2968/2025, que prevê reajustes salariais entre 6,27% e 8,2%, além de progressões na carreira para cerca de 70 mil trabalhadores da educação, entre ativos e aposentados.
Segundo o Sintepe, o PLC foi fruto de uma intensa negociação com o Governo do Estado, resultando em um texto acordado e aprovado em assembleia da categoria. No entanto, a votação da proposta tem sido travada nas últimas semanas devido ao esvaziamento das sessões por parte da base governista na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o que tem impedido o avanço da pauta no plenário.
Durante esta segunda-feira, o sindicato organiza uma série de mobilizações na Alepe. Pela manhã, às 9h, a direção do Sintepe e representantes da categoria têm reunião marcada com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Álvaro Porto (PSDB), no auditório Sérgio Guerra. À tarde, às 14h, os educadores pretendem ocupar as galerias da Casa Legislativa durante a sessão plenária, com o intuito de pressionar os parlamentares a votarem o PLC 2968/2025 ainda hoje.
“É inaceitável que uma disputa política impeça a votação do nosso reajuste. As escolas estaduais atendem 85% dos jovens pernambucanos entre 14 e 17 anos e dependem de profissionais valorizados para oferecer educação de qualidade”, afirmou Ivete Caetano, presidenta do Sintepe.
O Sindicato também alerta que o atraso na votação compromete a inclusão dos reajustes na folha salarial de junho, o que geraria prejuízos imediatos à categoria. Diante disso, o Sintepe reforça o convite para que trabalhadores em educação, estudantes e membros da sociedade civil participem da paralisação e do ato público, defendendo a valorização dos profissionais da rede estadual.
“A Alepe precisa cumprir seu papel legislativo e votar imediatamente o PLC 2968/2025. A educação pública não pode ser refém de interesses políticos”, finalizou Ivete.
