O candidato a vice-prefeito Severino Melo (PSOL) foi questionado sobre a viabilidade do projeto de implantação de um sistema de energia eólica em Caruaru, durante o debate promovido pela Rádio Liberdade nesta sexta (14). Indagado sobre as condições técnicas para fazer a ideia funcionar, ele usou o argumento de que projetos inovadores causam estranhamento e reações conservadoras.
“Sempre que se apresenta um projeto inovador, há reações conservadoras sobre como uma ideia ousada poderia ser implantada. Mas aqui mesmo em Pernambuco, lá em Gravatá, na Serra das Russas, existem exemplos de energia eólica, girando lá pra quem quiser ver, trazer isso pra Caruaru não seria difícil. Até bem pouco tempo, havia moinhos movidos com água, nos engenhos, e muitos moeram cana de açúcar através deste processo, talvez fosse considerado muito avançado para aquela época, mas aí tem que se pagar pra ver. A preocupação do PSOL é com o povo, em garantir uma mobilidade social, através de projetos que diminuem o abismo entre aqueles que tudo tem e os que nada têm”, explicou. Na verdade, em entrevistas anteriores, o candidato a prefeito Fábio José (PSOL) havia dito que o projeto seria possível através de investimentos municipais e com recursos do BNDES e que seria um sistema auto-sustentável.
Além de focar o projeto de energia limpa, o candidato ainda cobrou políticas de proteção aos animais ao Departamento de Controle de Vetores e Vigilância Animal e trouxe de volta o tema da crise dos vetores, quando uma foto de animais mortos pelo departamento ganhou repercussão negativa nas redes sociais, e a oposição alegou que a prefeitura não utilizaria critérios adequados para o sacrifício de animais. “Noticiou-se recentemente o extermínio de animais e eu me pergunto quais as ações concretas do plano de governo do atual prefeito para a proteção aos animais, já que essa questão está um caos”, questionou. No entanto, o vice-prefeito Jorge Gomes (PSB) defendeu que não se poderia utilizar a morte dos cachorros como crítica à gestão. “Esse problema já foi analisado pela diretoria e não houve matança, e sim o sacrifício de animais que continham doenças. Essa é mais uma questão pontual. O departamento está analisando falhas e corrigindo-as, mas essa questão dos animais não foi como havia sido repercutida inicialmente”, rebateu.
Segundo Melo, o Departamento de Controle de Vetores não desenvolve ações de respeito aos animais. “É necessário conscientizar as pessoas de que os animais precisam ser respeitados e não há políticas públicas nesse sentido, os animais são abandonados e não ações adequadas de vigilância animal, mas o PSOL tem um projeto voltado para isso”, completou.