Rogério Meneses transfere domicílio para Caruaru até agosto, mas evita falar de candidatura em 2014

Mário Flávio - 18.07.2013 às 15:55h

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Apesar da firme declaração do deputado federal João Paulo sobre uma candidatura do ex-predidente da Câmara Municipal de Caruaru, Rogério Meneses, a uma vaga a deputado estadual, pelo PT, o violeiro disse que ainda está analisando essa possibilidade, durante entrevista ao programa Conteúdo. Até porque ele também precisa transferir seu domicílio eleitoral de Imaculada, na Paraíba, de volta para a Capital do Agreste.

“Eu agradeço a João Paulo pela indicação, mas ainda é cedo e precisamos avaliar essa possibilidade. Tudo depende muito também do quadro estadual, se o partido terá candidato próprio a governador”, ponderou o petista, que rasgou elogios a João Paulo.

“Ele é uma liderança que tem votos em todas as cidades e encabeçou a primeira grande vitória do PT no Nordeste, quando foi prefeito no Recife. Se João tivesse sido candidato, nem haveria a candidatura de Geraldo Julio, indicado por Eduardo Campos. Nas pesquisas, João Paulo tinha mais de 60% de intenções de voto. Mas nos impasses entre Joao da Costa e Joao Paulo, acabou que o PT demorou demais para se decidir e o PSB”, avaliou.

Voltando ao cenário político local, Rogério adiantou que deve agilizar a transferência do domicílio eleitoral, já visando a composição do diretório municipal do PT. “Semana que vem devo fazer a transferência para Caruaru novamente, já que o prazo é até 12 de agosto, para participar do PED que é a eleição interna que define os diretorianos e ocorrerá em todo o Brasil em novembro. Pretendo participar da eleição, não encabeçando uma chapa, mas apoiando algum grupo”, acrescentou.

Para quem não lembra, ele fazer uma nova transferência do domicílio, porque deixou de disputar a reeleição a vereador para se candidatar a prefeito em sua cidade natal, Imaculada, mas foi derrotado.

Por outro lado, ele ressaltou que continua integrando o grupo Mensagem ao Partido. “A Mensagem ao Partido é um movimento que agrupa tendências e eu continuo na Mensagem. Não sei como está a situação de Hérlon, que também compunha o grupo, ouvi dizer que ele está criando um novo grupo, mas não tenho certeza porque não falou comigo”, comentou.

E KIKO BELTRÃO?
Outra constante de Rogério são as críticas à gestão Zé Queiroz, inclusive quando foi questionado sobre como avaliava o rompimento do ex-secretário municipal Kiko Beltrão com o prefeito. “Deve ser mais um que não aguentou. Você dá 99%, se não der 1%, é rechaçado no grupo. Deve ter acontecido com ele o que aconteceu comigo, pois não aguentei algumas coisas desse governo. Acredito que essa atual gestão nesses seis meses tem muitos avanços, mas muita coisa, poderia ser muito melhor, principalmente na relação com categorias trabalhistas, movimentos populares e com os próprios vereadores”, criticou.

Em um período em que viaja pelo Nordeste para realizar shows de repente, profissão artística dele, Rogério se articula para retornar de vez ao cenário político de Caruaru, mas também deixou claro que não estaria preocupado em conseguir ou não o apoio de petistas que ocupam espaço no governo municipal, como a secretária de Participação Social, Louise Caroline.

“Nas eleições estaduais de 2010 tive apoio de Djair Vasconcelos, Hérlon Cavalcanti, mas não tive apoio de Louise, nem de Paulo Nailson [este deixou o partido em 2011]. Também houve divisão no passado, isso não é novidade. No campo da esquerda, há certa flexibilidade para decidir quem apoiar. Dentro da Frente Popular cada um pode seguir seus próprios rumos”, completou.