Rogério Meneses defende Lícius e desabafa contra corrupção e compra de voto

Mário Flávio - 21.09.2012 às 11:30h

O vereador Rogério Meneses (PT) chamou atenção na sessão da Câmara Municipal de Caruaru da quinta-feira (20) ao fazer um discurso enfático contra a compra de votos, a corrupção e o desperdício de dinheiro público, algo que pareceu até servir como desabafo, em referência à sua candidatura a prefeito em Imaculada, na Paraíba. E ainda, ele defendeu o discurso de independência do presidente da Câmara, Lícius Cavalcanti (PCdoB) ante o prefeito e candidato à reeleição Zé Queiroz (PDT).

“Vossa excelência (Lícius) é militante do PCdoB, presidente do PCdoB, fez parte do conjunto que elegeu Zé Queiroz 4 anos atrás. No tempo do guia da majoritária o senhor não poderia, lógico, participar, mas o tempo de guia da proporcional é seu. Não é da majoritária, não é de quem paga para fazer o guia, o tempo do guia eleitoral é gratuito e vossa excelência não poderia ser privada apenas por defender o seu ponto de vista e por não agradar quem paga para fazer o guia. O preço da luta pela liberdade é caro, Lícius está sendo perseguido por defender suas convicções”, defendeu Rogério, referindo-se especificamente ao fato de Lícius ter passado maus de duas semanas sem aparecer no guia eleitoral de rádio e tv.

Mas as críticas mais contundentes do petista foram contra o que eme considera um sistema absurdo de política no Brasil, que ele acredita estar permeado de corrupção e compra de votos. O discurso, na verdade, fez referência direta às dificuldades da candidatura dele em Imaculada. “Fazer a limpeza na câmara e devolver R$ 1 milhão foi mais importante do que todos os requerimentos que apresentei e que infelizmente não foram atendidos na maior parte. Fomos a primeira câmara do Brasil a discutir devolver dinheiro público, ao extinguir a verba indenizatória, os vereadores decidiram abrir mão de dinheiro. Isso não pode ser esquecido (…) O Brasil ainda está cheio de corrupção e de candidatos que tentam fazer os outros de escada, de uma política que se sustenta no voto comprado. Até onde vencer é vencer e até onde perder é perder? Minha cidade natal tem 12 mil habitantes é pequena, mas é de uma cidade pequena que se constrói um país melhor. Vencer una eleição sem comprar voto é difícil, vencer sem mentir é difícil, ser honesto não garante voto, mas lá em Imaculada estou fazendo minha parte, sem estrutura financeira, mas estou fazendo minha campanha com honra, lá onde os candidatos ameaçam e intimidam a população”, reforçou.