Se a dobradinha entre a pré-candidata ao governo, Raquel Lyra (PSDB) e a deputada federal Marília Arraes for pra valer, ambas terão um discurso pronto contra a Frente Popular, o da perseguição. Raquel e o pai dela, o ex-governador João Lyra, já adotaram essa estratégia e deu certo. Na eleição de 2016 o PSB preteriu Raquel e ela teve que ir as pressas para o PSDB.
Já naquele momento, ao receber os afagos de Aécio Neves e ir para um partido de centro-direita, ambos afirmavam que praticamente tinham sido expulsos pelo PSB. Essa mesma versão acabou vingando para aa eleição de 2018, já que o candidato de Raquel ao governo, Armando Monteiro Neto, acabou vencendo Paulo Câmara em Caruaru.
No pleito de 2022 também funcionou. Raquel acabou sendo reeleita no 1º turno contra candidatos da base de apoio da Frente Popular e ainda fez a maioria na Câmara. Com relação a Marília, talvez a estratégia não cole, já que nesse caso, além do próprio PSB, o PT rifou o nome dela em 2018 para o governo e parte do partido boicotou a pré-candidatura dela a prefeita do Recife contra João Campos.
Tudo isso com o aval do ex-presidente Lula, a quem Marília encheu de elogios em nota enviada na noite desse sábado sobre o desfecho da provável saída dela do Partido dos Trabalhadores. Marília ainda pensa em disputar o governo e tenta costurar uma aliança com PSD de André de Paula e PDT, oferecendo até mesmo a vaga do senado ao deputado federal Wolney Queiroz, mas por enquanto, os dois seguem na Frente Popular.
O fim de semana será decisivo e será mais especulação que pré-temporada de clubes de futebol. Na segunda provavelmente teremos novidades. A conferir.